

Modelo cuja competitividade foi escondida pela falta de uma vitória na primeira rodada dupla da temporada, disputada em Tarumã (RS), o Ferrari F430 pode ser a estrela do fim de semana. Pelo menos essa é a impressão dos pilotos, engenheiros e mecânicos que trabalham com o bólido produzido pela lendária fábrica italiana, todos, unanimemente, fãs incondicionais do sofisticado carro de linhas harmônicas e ao mesmo tempo agressivas. “É o melhor carro de corrida que já pilotei. É bárbaro”, elogiou o gaúcho Cláudio Ricci, parceiro do paulista Walter Derani em um dos F430 da equipe CRT. A dupla chamou a atenção em Tarumã por brigar pela pole, mas não chegou a vencer uma das duas corridas. “Lideramos três dos seis treinos realizados em Tarumã, fizemos as duas melhores voltas da corrida, e brigamos em condições de igualdade com o Lamborghini que venceu. Aqui em Curitiba vamos andar ainda melhor”, disse Ricci, que já pilotou diversos tipos de carro, sendo campeão brasileiro de Endurance e da categoria PickUp Racing.
Segundo as equipes, os Ferrari são provavelmente os carros mais complexos do grid e, por isso, chegar a um acerto pleno vai exigir mais tempo do que com outros modelos: “É um carro de corrida muito sensível, com a perfeição e a complexidade de um relógio suíço”, comparou Edgard Mello Filho, diretor esportivo da equipe CRT. “A verdade é que tivemos pouco tempo com ele para entender completamente seu acerto. Aqui (em Curitiba) tendemos a ser mais velozes. Agora, contando com alguns técnicos muito experientes, vamos lapidar nosso acerto bem mais rapidamente. E a vitória é algo perfeitamente possível, pode apostar”, continua Mello Filho referindo-se à chegada de Luiz Alberto Trinci, o “Dragão” e Augusto Cesário Neto, dois engenheiros que colecionam títulos no automobilismo brasileiro há décadas e que trabalharão em equipes que usam os Ferrari.
“Sei que vamos brigar pela pole novamente”, afirma Cláudio Ricci. “Vencer é outra história, pois nessa equação entra a estratégia, os riscos, as batidas. Mas esse é um horizonte possível. E eu estou muito impressionado também com o equilíbrio entre os carros, envolvendo todos os modelos. Em Tarumã, a televisão mostrou nosso carro sendo ultrapassado pelo Lamborghini Gallardo (vencedor de uma das provas em Tarumã; a outra foi conquistada por um Viper), mas não pegou nosso carro passando o Lamborghini em outro trecho da corrida.
Foto: Miguel Costa Júnior
Rodolpho Siqueira e Caio Moraes
Press Consultoria Ltda.
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