

Muita emoção marcou a coletiva de imprensa da GT3, que foi realizada na manhã desta quinta-feira (8) no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. A categoria apresentou oficialmente seu novo patrocinador, que passou a integrar o nome oficial do campeonato: Telefônica Speedy GT3 Brasil. O encontro também foi o anúncio oficial da participação da dupla Emerson e Wilsinho Fittipaldi no torneio. Eles estrearão no fim de semana (10 e 11) com o novo Porsche 997 GT3 Cup S – um carro do qual a equipe dos Fittipaldi, a WB Motorsport, espera muito. Os irmãos Fittipaldi se emocionaram durante a entrevista, e ambos choraram – Wilsinho caiu em lágrimas várias vezes, Emerson chorou ao lembrar do incentivo que a mãe, Juze, dava aos dois irmãos. Em alguns momentos, o silêncio do choro contido de um deles foi quebrado pela salva de palmas da sala de imprensa lotada. Em Interlagos, a GT3 disputará sua segunda rodada dupla de 2008, válida pela terceira e quarta etapas. As largadas acontecem às 14h do sábado e 11h, do domingo. As duas provas serão mostradas a partir das 20h no canal Sportv.


A seguir, Emerson relatou uma conversa que teve com a mãe, quando também fazia um retorno às pistas, em 2006, na GP Masters, categoria que reunia ex-pilotos de Fórmula 1. “Eu estava na África do Sul para minha primeira corrida, e liguei para a minha mãe. Isso foi numa quinta-feira. Disse a ela que no dia seguinte tinha treino...”, contou Fittipaldi, que imediatamente começou a chorar, e depois completou: “Desculpem... Eu me emociono muito... Minha mãe disse: filho, esta é a coisa que você mais gosta na vida. Vai lá e corre. E foi muito legal na África. Foram momentos muito bacanas...”. A emoção voltou, e Emerson novamente escondeu o rosto, muito aplaudido pelos presentes. Depois, ele revelou: “Vi minha mãe correr aqui em Interlagos há muitos anos. Então, minha família toda ama a velocidade, todos nós”.
Na seqüência foi a vez de Wilson Fittipaldi se pronunciar. Não demorou muito para o “Tigrão”, seu apelido da época em que era piloto no Brasil, começar a chorar. “Estou bastante emocionado por estar outra vez junto com o Emerson. A última vez que corremos juntos foi em uma prova do Campeonato Brasileiro de Turismo em Goiânia, em 1988, de Fiat. Hoje, para mim, é um momento muito especial. Esperamos fazer o máximo possível na pista”.

Primeiras voltas – Emerson e Wilsinho Fittipaldi experimentaram um Porsche 997 GT3 logo após a entrevista. O bicampeão entrou no carro para ‘apenas algumas voltas de demonstração’. Mas o que se viu imediatamente foi Emerson acelerando para valer. A equipe, no entanto, preferiu não revelar os tempos: “É só um treino”, disse Washington Bezerra, chefe da WB Motorsport, time mais bem sucedido da história da Stock Car, que migrou para a Telefônica Speedy GT3. Emerson completou oito voltas. Wilsinho, apenas cinco. Foi o suficiente para despertar toda a animação do bicampeão da 500 Milhas de Indianápolis: “Foi muito legal. Senti muito prazer em pilotar novamente. A pista está muito boa, bastante lisa. O asfalto é maravilhoso. A maior dificuldade realmente é a freada do ‘S’ do Senna. É uma curva meio cega, ainda tenho que identificar qual o limite de frenagem do carro ali”, descreveu, cheio em entusiasmo. Emerson nunca havia pilotado no novo traçado – que pilotou em Interlagos foi em 1980, no layout antigo da pista paulistana.
Depois do entusiasmo inicial, veio a velha veia analítica de um piloto experiente: “Tenho muito o que aprender”, revelou. “O Porsche tem motor traseiro, e isso o faz jogar muito a traseira nas curvas. Principalmente nas curvas rápidas, que são as mais perigosas. Mas fiquei muito animado. Acredito que vamos fazer um bom papel durante o fim de semana”, comentou. Wilson também andou no novo Porsche e completou cinco voltas.
Rodolpho Siqueira e Caio Moraes
Texto: Nei Tessari
Fotos: Miguel Costa Junior
Press Consultoria Ltda
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