


Munique. Uma lenda da arquitetura brilha novamente: após 28 meses, a sede do Grupo BMW em Munique – o complexo "Quatro Cilindros", o Museu BMW, o prédio baixo e o estacionamento – está pronta para ser aberta pela segunda vez. Desde Abril de 2004, todo o "a vida no dia-a-dia" do prédio de 22 andares e do prédio baixo foi substituída. Durante este período, toda a mão de obra de 1.500 funcionários foi deslocada para trabalhar nos prédios adjacentes. O retorno aos "Quatro Cilindros" marca o final do projeto sem paralelo de renovação. O local mais estimado do Museu BMW, será reaberto na temporada de verão de 2007 na Alemanha com um novo conceito e espaço adicional.
O complexo administrativo - projetado em 1973 por Karl Schwanzer, austríaco, professor de arquitetura - era inovador e visionário até mesmo para a época. "Todo aquele que é contra o empobrecimento da nossa existência precisa decidir em prol da forma na arquitetura", este foi o corajoso apelo do arquiteto. Seu design arrojado, com a estrutura suspensa, tornou o "Quatro Cilindros" um marco arquitetura: todos os andares foram erguidos por elevadores hidráulicos e a seguir "suspensos" em torno do centro. Toda a área foi classificada como monumento registrado em 1999. Eternamente moderno do lado de fora, os recursos técnicos completamente novos após trinta anos significaram que a parte interna precisava ser reconstruída e reformada de modo abrangente. "Os próprios recursos de prevenção de incêndio mudaram radicalmente nesses últimos anos", explicou Christa Emmenegger, arquiteta e gerente técnica do projeto do BMW Group.

O projeto do BMW Group foi um conceito contemporâneo visando especialmente a economia de energia e recursos. "O design de Schwanzer foi uma obra prima técnica. Nós a reestruturamos e a atualizamos", declarou o Professor Peter P. Schweger. "Nós defendemos a modernização de acordo com as características do prédio." Mesmo com todas as mudanças exigidas, o tratamento cauteloso da herança transmitido para o arquiteto original tornou-se uma prioridade para o BMW Group.

A modernização foi mais uma terapia de células vivas do que uma plástica facial. Protegida por uma ordem de preservação, a fachada exterior, feita de elementos prateados reluzentes de alumínio, produzida em Osaka, permaneceu intocável e foi apenas limpa. Por dentro, tudo foi radicalmente removido desde o concreto do teto aos pisos: os sistemas de ar-condicionado e de aquecimento, elevadores, mobília e suprimento completo de eletricidade. Uma tarefa "hercúlea": 330.000 metros cúbicos de espaço anexo, ou uma área a total utilizável de 53,000 metros quadrados foi reformulada. 14,000 toneladas de material foram dispostas de acordo com as exigências ecológicas. Para este caso a BMW contratou uma agência ambiental.
A renovação desse tipo de estrutura tão incomum exigiu soluções especiais que não poderiam ser executadas "de antemão". Por exemplo, as cargas foram calculadas com precisão absoluta com base na referência de um andar. Cada parte removida foi pesada, uma vez que o peso geral teve que permanecer sem mudança. A tarefa mais empolgante nesses 28 meses de "desafio criativo", de acordo com Christa Emmenegger, foi o revestimento da cruz das vigas no teto do edifício "Quatro Cilindros". Com a finalidade de proteger as quatro cabeças de suspensão de concerto reforçado de aço – o coração da estrutura sustentadora da carga – contra os efeitos climáticos, eles foram revestidos em uma estrutura encurvada de alumínio. Os produtores austríacos não apenas construíram uma unidade da fábrica para efetuarem esta construção incomum, mas também desenvolveram um robô especial de soldagem para a tarefa. Uma grua de braço com 158m altura erguia as peças individuais para o teto de 99.5m de altura.


O BMW Group contratou o total de 130 empresas no 28º mês do projeto de renovação. A reocupação completa da sede do Grupo BMW na Torre BMW está planejada para a metade de agosto de 2006.

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