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quarta-feira, setembro 26, 2007

* F1: NA RETA FINAL, AS ARMAS DA FERRARI E DA MCLAREN.



A McLaren aceitou a punição e curvou-se diante da Federação Internacional de Automobilismo. O risco de ver ampliada a pena e também perder para a Ferrari o Mundial de Pilotos fez com que Ron Dennis desistisse de um recurso e, assim, a Fórmula 1 seguirá seu caminho até o GP Brasil, no dia 21 de outubro.

O título dos construtores já está nas mãos da Ferrari depois da dobradinha da equipe na Bélgica. E, entre os pilotos, Lewis Hamilton e Fernando Alonso disputarão o título curva a curva nas três corridas restantes do campeonato. Agora, com sete pontos na frente de Felipe Massa, a Ferrari jogará as fichas em Kimi Räikkönen. Mas as chances do finlandês são, realmente, muito remotas.
As três corridas finais do Mundial seguirão as seguintes regras:

1 – Fora da briga pelo título de construtores, Ron Dennis deverá liberar seus dois pilotos para o combate franco. Eles só não podem correr o risco de um tirar o outro da corrida.

2 – O desfecho do caso Fernando Alonso e McLaren só deve mesmo ocorrer após o Mundial. Dessa forma é difícil prever qual será o comportamento da equipe na disputa entre Alonso e Hamilton. Em tese, a vitória do inglês seria melhor, pois ele deverá permanecer na escuderia. Mas, por outro lado, como campeão, ele poderá exigir mais dinheiro da equipe.

3 – Se for preciso, Massa poderá facilitar o caminho para Kimi Räikkönen somar mais pontos. Para Felipe, o ideal é que Kimi chegue ao Brasil sem chances aritméticas de lutar pelo Mundial. Nesse caso, ele poderá lutar pela vitória em Interlagos sem qualquer constrangimento. Mas o piloto brasileiro, por questões éticas e profissionais, jamais poderá admitir isso.

4 – Favorito. Alonso é o mais experiente entre os três que estão na disputa. Hamilton é estreante e ainda não conhece os circuitos da China e do Brasil. Já o do Japão, o Monte Fuji, é novidade para os três. Como vem reduzindo gradativamente a diferença que o separa de Hamilton, Alonso pode ser considerado ligeiramente o favorito. Mas não dá para descartar uma reação de Hamilton, levando-se em conta o que ele já fez este ano. Räikkönen, distante, corre por fora.

5 – Outras escuderias. A BMW corre as últimas provas do ano para encerrar a temporada como vice-campeã depois de um ano excelente para Nick Heidfeld e Robert Kubica. A Renault, ainda indecisa quanto ao seu futuro, tem como objetivo definir quem sai no ano que vem: Fisichella ou Kovalainen. As três últimas provas podem ser cruciais para esta avaliação. A princípio, o italiano deixaria a equipe. A vaga poderá ser tanto de Fernando Alonso como de Nelsinho Piquet. Mas há quem garanta que Alonso não aceitaria formar dupla com Kovalainen, piloto cuja carreira é administrada por Flavio Briatore. Tenho dúvidas se isso, realmente, procede.

6 – A corrida do Japão será um teste duro para a Honda que perdeu para a genérica Super Aguri até agora. A Honda terá como evitar novo vexame, correndo em casa? Parece cada vez mais improvável. Convém lembrar que o autódromo Monte Fuji, atualmente, é administrado pela Toyota cuja equipe precisa provar aos seus acionistas que o dinheiro gasto na temporada foi bem aplicado. A dupla Ralf Schumacher e Jarno Trulli não tem convencido.

Castilho de Andrade é jornalista especializado em automobilismo e Diretor de Imprensa do GP Brasil de Fórmula 1. Sua coluna é publicada às quartas-feiras no site oficial do evento.
fonte: GP Brasil

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