
Com a vitória do alemão Timo Glock na 21ª etapa do Campeonato Mundial de Fórmula GP2, disputada neste domingo na Espanha, o brasileiro Lucas Di Grassi, de 23 anos, terminou a temporada 2007 como vice-campeão desta que é uma das mais disputadas e difíceis categorias do automobilismo internacional. Reunindo 26 pilotos praticamente prontos para ingressar na Fórmula 1, o grid da GP2 é em si um grande desafio – como prova, entre outros, o inglês Lewis Hamilton, recém-saído de uma temporada difícil na categoria e imediatamente alçado à condição de estrela na F-1. Por isso, o vice-campeonato de Lucas diante de um piloto mais experiente que também contava com um equipamento mais evoluído tem um valor especial para o jovem brasileiro:

Lucas chegou a Valência com apenas dois pontos de desvantagem para o alemão Timo Glock. O novo campeão obteve um sétimo lugar e uma vitória, o que levou a contagem de pontos a 88 contra 77. Para Di Grassi, o vice-campeonato foi uma recompensa bastante interessante. “Nos dois últimos anos, o campeão e o vice da GP2 conseguiram vagas ou de piloto de testes ou de piloto oficial de corridas. Se isso acontecer comigo, será o melhor dos mundos. Então, acho que 2007 foi ótimo, me coloquei onde precisava em termos de visibilidade para a F-1. Daqui em diante, o que vai acontecer não depende mais de mim. Como eu disse, fiz minha parte, e espero que meu trabalho seja atraente o pessoal da F-1”.

Di Grassi largou da 23ª posição neste domingo depois de abandonar a prova no sábado. “Foi naquela corrida (do sábado) que perdemos o título”, diz ele. “Tivemos que arriscar. Precisei colocar pneus slick mas logo em seguida começou a chover e acabei rodando, mas a equipe tinha que fazer essa opção. Só não contávamos com a chuva que caía em alguns pontos da pista e em outros, não. Foi uma pena, mas o automobilismo é assim, você raramente controla tudo, e a chuva é uma das variáveis que podem surpreender. Mas esta rodada dupla não reflete o que foi o nosso campeonato, uma temporada da qual não vou esquecer, um ano ao mesmo tempo difícil, tenso, mas realmente gratificante, pois nós tivemos que trabalhar sério, para valer, e os resultados vieram. Terminar em primeiro ou em segundo foi um desfecho que não dependia apenas da gente. E o que importa é que fizemos a nossa parte – e muito bem feita”.
Lucas Di Grassi vai permanecer na Europa para diversos compromissos da Renault e do Renault Driver Development Program (RDD), o programa de apoio a jovens talentos da equipe Renault de Fórmula 1. O brasileiro integra o RDD desde 2004.
Rodolpho Siqueira, Caio Moraes e Cleber Bernuci
Press Consultoria Ltda.
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