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sexta-feira, setembro 26, 2008


Novo túnel de vento da Volvo reduz emissões de CO2 e consumo de combustível



Um dos túneis de vento mais modernos do mundo é a nova alternativa da Volvo na busca pela redução de consumo de combustível e das emissões de dióxido de carbono.

A Volvo Car Corporation é a primeira fabricante de carros a possuir um túnel de vento que simula o fluxo de ar ao redor e no interior do carro, juntamente com a rotação das rodas, em uma superfície plana. "Nosso investimento de 20 milhões de euros já está dando retorno. Conseguimos reduzir em mais de 10% a resistência do ar no novo C30 DRIVe. Isso resulta em uma diminuição aproximada de 3% na emissão de CO2 por quilômetro percorrido", explica Tim Walker, especialista em aerodinâmica da Volvo Cars.

Em termos de combustível, a redução gira em torno de 0,1 litro a cada 100 quilômetros rodados, de acordo com o EU Combined Driving Cycle. Em situações reais de condução, porém, nas quais a velocidade e a resistência do ar são geralmente maiores, a economia de combustível pode ser até três vezes maior, atingindo cerca de 0,3 litro em 100 quilômetros. Isso significa que um motorista que percorre 15 mil quilômetros por ano terá uma economia final de 45 litros de combustível, volume que equivale a quase um tanque cheio do C30. .

O benefício também contribui diretamente com a preservação do meio-ambiente. "Com o foco voltado para a sustentabilidade ambiental, a modernização do nosso túnel de vento representa uma ferramenta particularmente valiosa. Os aprimoramentos de aerodinâmica nos ajudarão a reduzir as emissões de CO2 em todos os modelos da nossa linha de veículos" diz Magnus Jonsson, vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento da Volvo Cars.

Pioneirismo

Construído em 1986, o primeiro túnel de vento da Volvo representou uma inovação pioneira da marca na época. Hoje, mais de 20 anos depois e totalmente reformado, o equipamento está novamente se tornando uma referência para a indústria automotiva na busca da precisão em aerodinâmica.
Uma vez que a parte inferior e as rodas respondem por mais de 50% do total de resistência de ar do carro, um túnel de vento tradicional, no qual o veículo permanece parado diante de um fluxo de ar, pode proporcionar uma leitura incompleta das propriedades gerais de aerodinâmica do carro.


"Seria como medir as propriedades aerodinâmicas de um carro parado durante um forte furacão", compara Tim Walker. "Com técnicas sofisticadas e tecnologia de aerodinâmica de última geração, o nosso novo túnel de vento, por outro lado, foi concebido para replicar exatamente o fluxo de ar em volta e abaixo do carro, simulando a condução em pistas reais em uma velocidade de até 250 km/h".
Pista rolante e rodas em giro

As principais mudanças do novo túnel de vento da Volvo em relação ao aparelho anterior podem ser resumidas em três aspectos:

· Quatro cintas de aço plano que fazem todas as rodas girar.
· Um cinto central de aço plano, com 5,3 metros de comprimento e 1 metro de largura, que simula a pista em movimento.
· Um ventilador de 8,15 metros, com nove lâminas de fibra de carbono, que proporciona vento com velocidade de até 250 km/h.


O carro é conectado a uma balança de alta sensibilidade por meio de quatro pequenos suportes. Eles seguram o carro na posição enquanto o peso do carro é transferido dos pneus à balança através dos cintos de aço.

"Isso torna possível carregar as rodas e os pneus exatamente como eles ficam durante a condução nas pistas normais. A balança é tão sensível que reage, por exemplo, à presença de um pequeno aparelho celular no banco da frente" diz Walker. Os especialistas da Volvo podem realizar mais de 100 diferentes configurações de testes em apenas 16 horas.

Potencial considerável
De acordo com o EU Combined Driving Cycle, em uma velocidade média de apenas 33 km/h, a resistência do ar é responsável por cerca de 25% do total de combustível consumido. A 90 km/h, isso sobe para mais de 50%. Esses exemplos indicam como a eficiência em aerodinâmica é importante para o consumo de combustível e para a preservação ambiental.


Para os novos modelos DRIVe, com emissões de CO2 de 115 g/km (C30) e 118 g/km (S40 e V50), os testes no túnel de vento resultaram em pequenas, porém efetivas, mudanças nos spoilers frontais, nas guias de ar do assoalho, no teto e na tampa traseira, que variam de acordo com cada modelo. No Volvo C30 DRIVe, por exemplo, ajustes coordenados no spoiler do teto, nos amortecedores traseiros e na parte inferior do carro possibilitaram a redução de resistência de ar em mais de 10% na comparação com o C30 1.6 D.

"No túnel de vento anterior, o foco estava no carro. Com o novo equipamento, podemos obter uma visão geral que inclui a parte inferior e as rodas. Graças às melhores técnicas de simulação que o novo túnel oferece, conseguimos aprimorar em um terço a aerodinâmica de resistência do ar, o que indica que resultados ainda melhores serão vistos no futuro. Eu aponto o desenvolvimento na eficiência das rodas e da parte inferior dos carros como uma revolução", conclui Walker.

Números do novo túnel de vento da Volvo:

Potência do ventilador: 5 MW (6.800 hp)
Dimensão do ventilador (diâmetro): 8,15 m
Tipo de ventilador: Fibra de carbono com 9 lâminas
Velocidade do vento: 250 km/h
Movimento da pista: 260 km/h
Dimensões do túnel: Comprimento (15,8 m), largura (6,6 m) e altura (4,1 m)
Diâmetro da base: 6,6 m
Angulo de rotação: +/- 30 graus
Carga máxima na balança: 3.000 kg
Carga máxima por roda: 1.000 kg
Sensibilidade da balança: +/- 30 gramas




Régis Cavinato / Grazielle Lago
Imagem Corporativa

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