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sexta-feira, junho 22, 2007

* VAI VIAJAR? PNEU NÃO DEVE SER ESQUECIDO NA REVISÃO.

Muitas pessoas, quando vão viajar, fazem revisão em seus veículos checando óleo, freio, injeção eletrônica, filtro, etc. Mas, raramente alguém se lembra dos pneus que, para muitos, é considerado a segunda mais importante peça de um automóvel, após o motor.

Para ajudar o motorista, o Gerente Geral de Engenharia de Vendas da Bridgestone, José Carlos Quadrelli, indica os principais cuidados que o motorista deve ter com seus pneus.

Como o motorista percebe que o pneu está "careca", ou seja, que a profundidade do seu sulco não é mais segura?

QUADRELLI - O limite de segurança é de 1,6 mm de profundidade dos sulcos. Ou seja, em muitos casos, o pneu pode estar "careca", embora os sulcos ainda sejam visíveis. A profundidade mínima dos sulcos foi definida por órgãos reguladores internacionais e estabelece um padrão mínimo para que o pneu possa escoar a água quando roda em piso molhado. Caso o motorista não possua um medidor de profundidade de sulco, ele pode observar esta especificação por meio de pequenos ressaltos presentes na base dos sulcos, os TWI. Eu recomendo fortemente que todo usuário identifique a marca do TWI e passe a controlar o desgaste do pneu. Um pequeno cuidado como este poderá significar a diferença entre sofrer ou não um acidente.

Além de colocar a segurança do motorista em risco, trafegar com o pneu abaixo do limite de segurança pode causar outros riscos?

QUADRELLI - Sim. A resolução do Contran 558/80 estabelece que trafegar com pneus abaixo do limite é ilegal. Com isso, o veículo pode ser aprendido.

Sabemos que a pressão do pneu é um fator importante para garantir sua vida útil. O que pode acontecer, caso o motorista trafegue com o pneu com baixa pressão?

QUADRELLI - A baixa pressão é um dos principais inimigos do pneu. À medida que ela diminui, aumenta a temperatura interna do pneu, que pode chegar a valores críticos que provoquem a deterioração da estrutura do pneu e sua eventual falha. Além disso, ela causa diversos problemas como um rápido desgaste do pneu, já que os seus ombros passam a receber uma carga maior. Ocorre ainda um maior consumo de combustível, perda de estabilidade nas curvas, direção pesada e perda da capacidade de manejo.

E o excesso de pressão nos pneus, pode causar algum problema?

QUADRELLI – As conseqüências do excesso de excesso de pressão são bem menores do que a falta de pressão, porém, podem causar desgaste mais acentuado no centro da rodagem, perda de estabilidade em curvas, rachaduras na base dos sulcos, maior propensão a estouros por impacto e maior facilidade de penetração de objetos.

E o rodízio de pneus? Ele é realmente importante?

QUADRELLI - O rodízio de pneus tem por função equalizar o desgaste dos pneus e garantir uma vida longa e uniforme a eles. Ele deve ser realizado segundo a recomendação que consta no manual do veículo ou na falta desta a cada 8.000 quilômetros para pneus radiais e 5.000 para diagonais.

Caso o motorista não possa comprar quatro pneus novos, qual a recomendação a ser feita neste caso?

QUADRELLI - Neste caso, a recomendação é que seja efetuada a troca de dois pneus e os mais novos devem ser instalados sempre no eixo traseiro, e não na frente como muitos pensam. Isto porque, o risco de um acidente pela perda de aderência dos pneus traseiros é sempre maior, visto que o veículo tende a perder a estabilidade, condição de mais difícil controle do que quando o pneu perde a aderência nos pneus dianteiros o que pode causar a perda momentânea de dirigibilidade.

O alinhamento e o balanceamento do pneu fazem parte da revisão de férias?

QUADRELLI – Com toda a certeza. Além de evitarem um desgaste irregular dos pneus, eles garantem a estabilidade e melhor dirigibilidade do veículo. Juntamente com a calibragem, esses itens são fundamentais para a utilização segura e econômica dos pneus.

Outro fato comum quando as famílias vão viajar, é carregar o veículo com bagagem. Quais os cuidados que devem ser tomados com os pneus?

QUADRELLI – Neste caso, o motorista deve atentar-se à capacidade de carga recomendada pelo fabricante, especificada no manual do veículo e calibrar o pneu de acordo com a carga. Isso vai evitar uma maior probabilidade de falhas ou estouros, além de não prejudicar a dirigibilidade do veículo.

Já que nem muita nem pouca pressão faz bem ao pneu, como proceder quando a calibragem é realizada em um posto de estrada, onde o estado e a qualidade do equipamento provocam dúvidas quanto à sua precisão?

QUADRELLI – A melhor decisão é procurar um equipamento em melhores condições. Caso isto não seja possível, procure calibrar com uma libra a mais do indicado—é mais seguro evitar o aquecimento do pneu devido à pressão baixa. Mas, assim que possível, encontre um equipamento melhor e realize a calibragem adequada. Outra boa alternativa é ter consigo um daqueles calibradores tipo caneta, cuja aferição já tenha sido comparada com a daquele posto onde você rotineiramente faz a calibragem dos pneus do seu carro. Em situações de emergência em que o equipamento não tem qualidade, eles se tornarão uma referência importante para a calibragem exata.

No caso de furo de pneu, quais os cuidados que devem ser tomados no seu reparo? O "macarrão" é uma forma segura de reparo?

QUADRELLI - O conserto dos pneus deve ser feito definitivamente. Consertos como o denominado "macarrão" são apenas provisórios e podem trazer danos aos pneus em curto prazo.
Tem sido alarmente o número de consumidores que rodam indefinidamente com um conserto provisório com conseqüências imprevisíveis para o pneu, bem como para o carro e seus ocupantes.

Qual é o risco de se calibrar um pneu após ter rodado alguns quilômetros? O que deve ser feito nesses casos?

QUADRELLI - Nesse caso, o pneu já estará com a sua temperatura interna maior e o aumento de temperatura provoca um aumento da pressão interna. Assim, ao se verificar a pressão nessas condições, poderemos encontrar uma pressão maior do que a recomendada pelo fabricante do veículo e acabar retirando ar para baixar a mesma. Com isso, o pneu acabará trabalhando com uma pressão abaixo da recomendada, pois as especificações de pressão de inflação sempre consideram a pressão a frio e a mesma naturalmente irá aumentar com a temperatura. Se você tiver de inflar o pneu a quente, adicione 4 psi (ou libras/pol2) à pressão recomendada pelo fabricante, mas verifique novamente a pressão quando o pneu estiver frio.

Qual é o segredo para se chegar ao final de uma viagem com os pneus preservados?

QUADRELLI – Além das recomendações já citadas, é fundamental que todo o conjunto pneu-veículo-motorista atue em harmonia e de forma adequada em relação ao piso onde se está rodando. De nada adianta colocar pneus novinhos, se a suspensão e outras partes do veículo não estejam em bom estado. Uma suspensão mal calibrada e com peças desgastadas é o primeiro passo para o desgaste prematuro dos pneus. Da mesma forma, de nada adianta viajar com um veículo zero, com pneus novos, se o motorista não toma os cuidados básicos da direção segura, evitando o choque dos pneus em lombadas, guias ou buracos, ou se acelera e freia bruscamente. Dirigir com cuidado e responsabilidade é um dos procedimentos para se utilizar o pneu de forma inteligente (veja abaixo os 10 Mandamentos para o Uso Inteligente do Pneu).



10 Mandamentos para o uso inteligente do pneu

1) Calibrar os pneus semanalmente de acordo com a indicação do manual do fabricante do veículo.

2) Fazer o rodízio de pneus. Veículos com pneus radiais a cada 8.000 km e veículos com pneus diagonais a cada 5.000 km rodados.

3) Evitar sobrecarga no veículo. Excesso de peso compromete a estrutura do pneu e aumenta o risco de danos ou de alterações estruturais importantes.

4) Fazer a manutenção preventiva de todo o veículo. Amortecedores, molas, freios, rolamentos, eixos e rodas atuam diretamente sobre os pneus.

5) Utilizar as medidas de pneus e rodas indicadas pelo fabricante do veículo. As partes do carro foram projetadas para interagirem de forma equilibrada. A utilização de pneus e rodas diferentes altera o equilíbrio.

6) Alinhar o sistema de direção e suspensão e balancear os pneus conforme indicado pelo fabricante do veículo ou, pelo menos, a cada 10.000 km, e sempre que o veículo sofrer impactos fortes; ocorrer a troca de pneus; os pneus apresentarem desgastes irregulares; forem substituídos os componentes da suspensão; e o veículo estiver "puxando" para um lado.

7) Utilizar o pneu indicado para cada tipo de solo. Rodar na cidade com um pneu destinado ao uso em terra (fora de estrada) provocará perdas no consumo de combustível, nas estabilidade e na durabilidade das peças do veículo.

8) Observar periodicamente o indicador de desgaste da rodagem (TWI). Este indicador existente em todo pneu mostra o momento certo para se efetuar a troca, reduzindo o risco de rodar com o pneu careca.

9) Não permitir o contato do pneu com derivados de petróleo ou solventes. Estes produtos atacam a borracha fazendo com que ela perca suas propriedades físico-químicas e mecânicas.

10) Evitar a direção agressiva, com freadas fortes e mudanças bruscas de direção. Nunca ignore a existência de lombadas, buracos e imperfeições de piso. Os melhores pilotos de competição são aqueles que, mesmo rápidos, sabem poupar seus carros e pneus.

Sobre a Bridgestone
A Bridgestone é a maior fabricante mundial de pneus e artefatos de borracha, com vendas de US$ 25 bilhões em 2006. Emprega 124 mil funcionários no mundo e mantém operações em 26 países, com 156 fábricas, das quais 58 são fábricas de pneus e 98 fábricas de produtos diversos (autopeças, semicondutores, equipamentos para golf e tênis, bicicletas). No Brasil, a empresa produz pneus para todos os segmentos em sua fábrica de Santo André, que tem capacidade para produzir mais de 33 mil pneus/dia. Em 2006, faturou R$ 1,600 bilhão. Entre 2000 e 2007, a empresa terá investido cerca de US$ 460 milhões para a instalação de uma nova fábrica no Brasil, em Camaçari (BA), inaugurada em fevereiro deste ano, e para a modernização da unidade já existente, em Santo André (SP), e de sua rede de revendas no país, composta por mais de 500 pontos de vendas.


Natália Perin
Jornalista Responsável: Raul Viana (Mtb 08095

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