Com a chegada do piloto da Stock Car Light, soma das conquistas nacionais dos integrantes do time chegou às alturas. Uma vitória nas 500 milhas cairia bem.
Nenhum dos convites anteriores se concretizou. O hexacampeão brasileiro de kart, Renato Russo, já nem contava mais com a possibilidade de integrar o dream team montado por Rubens Barrichello nas 500 milhas de kart da Granja Viana. Daí a surpresa ao receber o telefonema do piloto da Honda na F-1. “Nos dois anos anteriores, o Tony (Kanaan) também havia me convidado, mas no fim não deu certo. Só que no início de novembro o Rubens (Barrichello) me ligou para combinar os detalhes e aí eu senti firmeza”, conta o piloto, que competirá ao lado dos dois, Tony e Barrichello, além de Felipe Giaffone.
“O esquema do Rubens é sempre bom, eles andam na frente em todas as edições e fico feliz por ter a oportunidade de integrar esse time. É corrida para ganhar, sem dúvida”, afirma Renato Russo, piloto da ATW na Stock Car Light. Desde que recebeu a boa notícia, a vida dele virou um relógio gigante, com contagem regressiva. O motivo: os companheiros do time não sabiam, mas ele estava bem acima do peso. Alguns remédios para o tratamento de hérnia de disco lhe fizeram saltar de 79 para 87 kg. “Fiquei quietinho e comecei a emagrecer”, revela.
A dieta forçada e as duas sessões diárias de academia aceleraram o processo. Na última pesagem oficial, já estava fininho: 83 kg. “Não estou feliz, não. Meu objetivo é entrar no kart para a corrida pesando 81 kg. Coloquei como meta perder seis quilos”, conclui. Seja qual for a medida, o fato é que Renato Russo foi um reforço de peso para o dream team, com o perdão do trocadilho. Com suas seis conquistas no Campeonato Brasileiro de Kart, somadas às taças de Tony, Barrichello e Giaffone, fez do time aquele com o maior número de títulos nacionais do grid.
A força desta turma toda deve aparecer de madrugada. A largada para as 500 milhas de kart está prevista para 0h00 deste domingo (2). Por enquanto, estão discretos como a vida deve ser: largam em 13º lugar. O silêncio faz parte do jogo. Numa corrida de dez horas de duração, integrar o grupo dos vinte primeiros no grid já é mais do que suficiente para começar a trabalhar pela vitória. No total, estão previstas 644 voltas. Um tormento para quem, ao olhar para trás, tiver de defender a posição contra Russo, Barrichello, Tony ou Giaffone. “Não haverá misericórdia”, dizem, no melhor estilo Toy Story.
Dinho Leme Comunicação
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