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quinta-feira, março 03, 2011

Os carros de outros Carnavais

A festa do carnaval brasileiro começou por volta de 1830, quando a alta sociedade carioca passou a organizar festas inspiradas nos bailes de máscara franceses. Logo as carruagens, e no futuro, os carros, começaram a fazer parte das Sociedades Carnavalescas, com seus enfeites, que originaram os carros alegóricos – atração dos blocos de rua – e das passarelas. Para contar essa história que atravessou as décadas e chegou aos nossos dias, o WebMotors faz uma linha do tempo com as tendências e costumes dos corsos, com toda a decoração alegre e brilhante do verdadeiro Carnaval. 

v  Século XIX: as carruagens não recebiam grandes alterações, mas eram decoradas com fitas de renda e levavam os foliões com suas fantasias e máscaras importadas da França. O conjunto visual combinava os carros e também os cavalos, ricamente ornamentados com muito brilho. Um verdadeiro séquito era visto assim que as carruagens passavam, pois a grande massa popular também queria brincar o Carnaval. As carruagens mais comuns eram construídas por empresas como a Frey Carriage, Brewster&Co, Rippon e Barker;

v  Década de 1910 a 1920: as carruagens davam lugar aos primeiros automóveis, que recebiam as tradicionais fitas, além de serpentinas e placas de identificação dos blocos. O caráter elitista da festa permanecia, pois só desfilavam em carro aberto os que pertenciam às famílias burguesas. Mas o apelo popular do Carnaval crescia com os chamados mascaradosavulsos, que desfilavam brincando logo após a passagem dos automóveis e as carruagens que subsistiam. Nas cidades que tinham serviço regular de bondes, elétricos ou puxados por bois, os populares também desfilavam para imitar o desfile dos carros. Em São Paulo, a recém aberta Avenida Paulista, e no Rio, a Avenida Central, eram os pontos mais populares da festa que recebiam automóveis como os Marmon, Hudson e Huppmobile, além dos primeiros Ford;

v  Décadas de 1930 e 1940: os desfiles de Carnaval passaram por uma reorganização para determinar o tempo que cada bloco permanecia na avenida. Os carros eram definitivamente parte principal da festa, enquanto as carruagens deixavam a cena. No entanto, os Ford e Chevrolet passaram a dominar a cena. Também era comum o aluguel dos carros e a oferta de motoristas para levar os foliões. À medida que o carro se popularizava, o desfile nos automóveis começava lentamente a perder o caráter elitista enquanto a classe média abria espaço nas festas de Carnaval;

v  Décadas de 1950 e 1960: os blocos de rua perdiam o caráter informal. Os clubes e sociedades passaram a formar as escolas de samba como conhecemos hoje. Os automóveis perdiam espaço nas ruas para um novo tipo de veículo, que era versátil, mais colorido (e democrático): o carro alegórico. As festas da alta sociedade saíam do espaço público para ocupar os salões dos clubes, tendência que permanece até hoje;
v  A partir da década de 1970: os blocos, escolas de samba e outras agremiações se organizaram em desfiles, ligas e concursos disputados em várias cidades do país. O uso do carro alegórico ficou cada vez mais difundido, uma vez que os desfiles saíram das grandes avenidas para ocupar espaços destinados exclusivamente às festas de carnaval. Em São Paulo, o Espaço Cultural Grande Otelo, e no Rio de Janeiro, a Marquês de Sapucaí, são dois exemplos da profissionalização do carnaval e da construção de espaços dedicados apenas às festas de Carnaval.

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