H&R prepara Porsche para ser o carro de rua mais veloz do mundo
Para criar esse monstro de 1.054 cv, a H&R usou como base um Porsche 911 Turbo, da série mais recente, a 997. A idéia, nascida em agosto, aconteceu depois que o carro da H&R e da Jurgen Alzen Motorsport se acidentou na segunda volta da Corrida de Seis Horas de Nürburgring. Com isso, a equipe teve tempo de pensar em maneiras diferentes de demonstrar como transferir tecnologia de desenvolvimento de suspensões das pistas para as ruas. Daí para o carro, chamado de "Mission 400 Plus", foi um pulo.
Para começar, a Jurgen Alzen ficou responsável pela carroceria. Sendo a aerodinâmica um fator fundamental para atingir velocidades tão altas, a empresa reduziu o teto do Porsche em cerca de 10 cm e inclinou as colunas A, as que envolvem o pára-brisa, em 5,5º. As colunas B e C também foram mais inclinadas, para dar harmonia ao conjunto.
As janelas são de policarbonato de fluxo especial, com baixa resistência ao ar. O conjunto se completa com portas e painéis de fibra de carbono, bancos Recaro também de fibra de carbono e, apesar de ser um carro para andar na rua, por segurança, não poderia faltar uma gaiola de proteção.
Para manter o carro no chão, a H&R criou uma versão especial do kit High End, de competição. Ele consiste de molas e amortecedores esportivos, mas vai além, trazendo também braços de alumínio e suportes de material de baixo peso, algo fundamental em um carro que almeja os 400 km/h. A variedade de ajustes e regulagens possíveis é a mais ampla possível, permitindo que o carro rode em diversas condições de piso.
A alma do negócio, o motor, também se baseia no do Porsche 911 Turbo. A capacidade cúbica cresceu de 3,6 litros para 3,8 litros. As câmaras de combustão foram completamente redesenhadas, com cabeças de pistão usinadas por máquinas de precisão e válvulas maiores, com comando bravo.
O coletor de admissão foi ampliado e polido, para permitir mais entrada de ar. O escape, da mesma forma, é de alto desempenho, mais livre na medida certa. Essas mudanças seriam suficientes para ganhar alguns cv, mas o objetivo era mais do que dobrar a potência, já alta, de 480 cv.
Os dois turbos de geometria variável, uma obra-prima de engenharia, já que só eram aplicados a motores a diesel, foram substituídos por outros dois, maiores, capazes de empurrar muito mais ar para dentro do motor. A pressão é de 1,5 bar. Os intercoolers, também maiores, facilitam ainda mais essa tarefa.
A transmissão, como em quase todo Porsche (há os de tração integral, como os Porsche 911 Turbo), é traseira, com câmbio de seis marchas e embreagem de alta performance. Considerando que o grande objetivo do carro é acelerar, sem maiores compromissos com dirigibilidade que o de se manter em linha reta, a opção pela tração traseira garante menos perdas mecânicas (e maior velocidade final). Todo esse conjunto, antes de ir para o carro, foi para uma bancada de testes para garantir que estava tudo "nos conformes".
O resultado de tanto esmero foi um carro ainda mais invocado que um Porsche comum, capaz de circular pelas ruas (pelo menos as européias), respeitando as rigorosas normas de emissão Euro IV, e com potência de 1.054 cv a 7.700 rpm, com torque máximo de 105 kgm a 5.800 rpm.
A tentativa de quebra de recorde será no famoso circuito italiano de Nardo, no primeiro semestre de 2007, e o carro será pilotado por um de seus criadores, Jurgen Alzen.
WEBMOTORS
Texto: Gustavo Henrique Ruffo
Fotos: Divulgação
Fotos: Divulgação
A H&R, tradicional fabricante alemã de peças de suspensão, resolveu mostrar sua competência em automóveis da forma mais extrema possível. Com a ajuda dos parceiros Jurgen Alzen Motorsport, com quem participa do campeonato de longa distância em Nürburgring, e da preparadora de motores RS Tuning, a empresa resolveu criar o carro de rua mais veloz do mundo. A intenção, claramente, é bater o atual campeão neste quesito, o Bugatti Veyron (leia o teste deste carrão aqui), um carro que, mesmo se for vencido, tem o mérito de atingir os 400 km/h todo original de fábrica.
Para criar esse monstro de 1.054 cv, a H&R usou como base um Porsche 911 Turbo, da série mais recente, a 997. A idéia, nascida em agosto, aconteceu depois que o carro da H&R e da Jurgen Alzen Motorsport se acidentou na segunda volta da Corrida de Seis Horas de Nürburgring. Com isso, a equipe teve tempo de pensar em maneiras diferentes de demonstrar como transferir tecnologia de desenvolvimento de suspensões das pistas para as ruas. Daí para o carro, chamado de "Mission 400 Plus", foi um pulo.
Para começar, a Jurgen Alzen ficou responsável pela carroceria. Sendo a aerodinâmica um fator fundamental para atingir velocidades tão altas, a empresa reduziu o teto do Porsche em cerca de 10 cm e inclinou as colunas A, as que envolvem o pára-brisa, em 5,5º. As colunas B e C também foram mais inclinadas, para dar harmonia ao conjunto.
As janelas são de policarbonato de fluxo especial, com baixa resistência ao ar. O conjunto se completa com portas e painéis de fibra de carbono, bancos Recaro também de fibra de carbono e, apesar de ser um carro para andar na rua, por segurança, não poderia faltar uma gaiola de proteção.
Para manter o carro no chão, a H&R criou uma versão especial do kit High End, de competição. Ele consiste de molas e amortecedores esportivos, mas vai além, trazendo também braços de alumínio e suportes de material de baixo peso, algo fundamental em um carro que almeja os 400 km/h. A variedade de ajustes e regulagens possíveis é a mais ampla possível, permitindo que o carro rode em diversas condições de piso.
A alma do negócio, o motor, também se baseia no do Porsche 911 Turbo. A capacidade cúbica cresceu de 3,6 litros para 3,8 litros. As câmaras de combustão foram completamente redesenhadas, com cabeças de pistão usinadas por máquinas de precisão e válvulas maiores, com comando bravo.
O coletor de admissão foi ampliado e polido, para permitir mais entrada de ar. O escape, da mesma forma, é de alto desempenho, mais livre na medida certa. Essas mudanças seriam suficientes para ganhar alguns cv, mas o objetivo era mais do que dobrar a potência, já alta, de 480 cv.
Os dois turbos de geometria variável, uma obra-prima de engenharia, já que só eram aplicados a motores a diesel, foram substituídos por outros dois, maiores, capazes de empurrar muito mais ar para dentro do motor. A pressão é de 1,5 bar. Os intercoolers, também maiores, facilitam ainda mais essa tarefa.
A transmissão, como em quase todo Porsche (há os de tração integral, como os Porsche 911 Turbo), é traseira, com câmbio de seis marchas e embreagem de alta performance. Considerando que o grande objetivo do carro é acelerar, sem maiores compromissos com dirigibilidade que o de se manter em linha reta, a opção pela tração traseira garante menos perdas mecânicas (e maior velocidade final). Todo esse conjunto, antes de ir para o carro, foi para uma bancada de testes para garantir que estava tudo "nos conformes".
O resultado de tanto esmero foi um carro ainda mais invocado que um Porsche comum, capaz de circular pelas ruas (pelo menos as européias), respeitando as rigorosas normas de emissão Euro IV, e com potência de 1.054 cv a 7.700 rpm, com torque máximo de 105 kgm a 5.800 rpm.
A tentativa de quebra de recorde será no famoso circuito italiano de Nardo, no primeiro semestre de 2007, e o carro será pilotado por um de seus criadores, Jurgen Alzen.
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