Sem descanso, o amazonense terminou testes da GP2 na Europa e partiu para a América do Norte a convite da Rocketsports
A vida de piloto para Antonio Pizzonia está bastante movimentada nos últimos meses. Após participar dos testes de inverno da GP2, fazendo o melhor tempo da semana no circuito espanhol de Jerez de la Frontera, o amazonense embarcou nesta quarta-feira (08/11) para o México, onde participará da última etapa da Fórmula Mundial (ChampCar). A prova será realizada a partir das 18 horas (horário de Brasília) deste domingo (12/11), no Autódromo Hermanos Rodriguez, na Cidade do México, e o brasileiro estará novamente a bordo do Lola/Ford/Bridgestone da Rocketsports Racing.
Pizzonia já participou este ano de três etapas da categoria americana: Long Beach nos Estados Unidos, Montreal no Canadá, e Surfers Paradise na Austrália. Apresentando um bom desempenho e agradando a equipe e o novo patrocinador do carro número 18, a Lexington Energy Services, o convite para a rodada de encerramento foi inevitável. "Ele me chamaram ontem e eu aceitei, para conhecer um novo circuito e ganhar mais experiência com este tipo de carro, antes de decidir o meu futuro", conta o manauara, que participará da quarta corrida na categoria, sendo todas em países distintos.
No calendário da ChampCar desde 2002, a pista com quase 4.500m de extensão e situada a 2.200m acima do nível do mar, é novidade para o ex-piloto de Fórmula 1, que terá seu primeiro contato com este circuito que também já fez parte da categoria máxima do automobilismo e é considerado desafiador, além de ser um dos melhores estruturados da América Latina. "A minha maior dificuldade mesmo deverá ser a altitude. Aliás, sei que sentirei uma boa diferença nos treinos de sexta-feira, pois sai do fuso horário da Europa, onde andei em um carro mais leve e aspirado como o GP2. Mas no final de semana já estarei adaptado", avalia o piloto de 26 anos de idade.
A temporada da F-Mundial já tem seu campeão com antecedência, o francês Sebastién Bourdais (Newman-Haas), que conquistou o tri-campeonato com certa tranqüilidade. As novidades para esta etapa são as estréias do mexicano David Martinez e do americano Buddy Rice, ambos pela equipe Forsythe, que por sua vez não poderá contar com o veterano canadense Paul Tracy, que se machucou ao capotar um carrinho de golfe nas dunas.
TESTES NA GP2 FORAM UM SUCESSO PARA ANTONIO PIZZONIA Depois de liderar os testes de inverno da GP2 em duas pistas diferentes – Paul Ricard na França e Jerez de la Frontera na Espanha -, Pizzonia opina sobre a categoria. Com sua grande experiência no automobilismo internacional, o amazonense já desvenda os segredos de uma boa performance e faz uma rápida e fácil análise do comportamento do carro, concordando com a maioria dos pilotos, que consideram os pneus da categoria o fator de maior dificuldade. "A diferença de tempo com pneus velhos e novos é de uns três segundos por volta. Se andar no limite, o mais provável é que apenas a primeira volta seja boa e depois há uma queda de rendimento nas outras três ou quatro voltas, e após isso eles \'já eram\'. Então, é muito difícil julgar em qual momento você pode usar os pneus ao limite, pois o balanço do carro se altera completamente. É muito minucioso ajustar o carro de fato: fazemos o trabalho com os pneus velhos, e depois com os novos o balanço do carro é totalmente diferente, e você não sabe o que esperar", avalia Antonio, que fez uma volta voadora (1min27s184) na segunda-feira, sendo sete décimos de segundo mais rápido do que os pilotos mais próximos.
Na terça-feira (7/11) a chuva castigou o espanhol e a trégua só foi dada ao final das sessões, quando a pista ainda estava secando. Durante a manhã, o amazonense fez a sua estréia na chuva com o carro da GP2 e conseguiu fazer um bom acerto no monoposto da Fisichella Motor Sport International, completando 13 voltas e estabelecendo o terceiro melhor tempo, com 1min45s743. "Foi muito produtivo de manhã, deu para acertar bem o carro. Foi a primeira vez que experimentei o pneu Bridgestone da categoria na chuva, e consegui encontrar um bom balanço.
Foi uma boa experiência e agora consigo ser rápido tanto no seco, quanto no molhado, e com qualquer condição de desgaste dos pneus" avaliou o ex-pioloto da Williams F1, que fechou a soma dos dois dias de treinos com o melhor tempo em Jerez.
A tarde, o treino começou com a pista molhada e o treino teve que ser prolongado por mais 15 minutos, para que os pilotos pudessem testar em condições um pouco melhores. Mas a prática se tornou uma loteria, com muitas batidas, bandeiras vermelhas e tráfego. "Esta última sessão não serviu para nada. Só os que fecharam a volta no último minuto é que conseguiram um tempinho um pouco melhor, foi um teste de sorte", completou Antonio Pizzonia.
fotos: Paolo Pellegrini/Phillip Abbott
MasterMidia
J.Otazú
J.Otazú
Nenhum comentário:
Postar um comentário