A análise de Gary Anderson
Depois da falha registada em Monza no terceiro conjunto mola/amortecedor traseiro, a Ferrari decidiu não o utilizar no GP do Brasil, por forma a garantir a fiabilidade do sistema. Interlagos é, por norma, um circuito com muitas irregularidades no asfalto e o terceiro amortecedor poderia vir a sofrer danos devido às elevadas cargas de impacto. O fato de não ter sido utilizado o terceiro conjunto significou que as molas e os amortecedores "normais" foram afinados para terem maior rigidez, com o intuito de suportar a secção traseira do Ferrari, mas com eventuais implicações na dificuldade em passar por cima dos correctores. Contudo, no traçado brasileiro os correctores não são muito agressivos e, portanto, o problema foi minimizado. É curioso também analisar que com molas mais duras reduziu-se a subviragem, algo que afectou bastante o F2007 quando utilizava pneus novos e nas curvas mais fechadas.
No Brasil a Ferrari utilizou a normal asa traseira em forma de "W". Este pacote aerodinâmico foi desenvolvido ao longo de 2007 e permite um acerto de arrasto/carga aerodinâmica, que torna o carro mais rápido em recta. Tudo porque a secção em forma de "W" está optimizada para a melhor utilização possível do fluxo de ar, já que a carroçaria em frente da asa altera a sua direcção. A Ferrari apresentou, também, algumas pequenas alterações no difusor, melhorando os "flaps Gurney" em redor da secção final do difusor, o que provocou uma mudança na carga aerodinâmica do fundo plano.
Gary Anderson
AUTOSPORT
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