Mas se mantém alerta para os riscos de colisão na freada da curva UmCorrer em Curitiba sempre foi, para Paulo Salustiano, muito melhor. Por isso, ele aguarda com otimismo a segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Stock Car V8, que será disputada no início da tarde deste domingo na capital paranaense, com transmissão ao vivo pelo SporTV. "É a minha casa, adoro aquela pista", afirma o vice-campeão da Stock Light, que nem por isso deixa de lembrar que, lá, é preciso muito cuidado por parte dos pilotos.
Segundo Salustiano, o ponto crítico é a freada da curva Um. "Na prática, é a única chance de ultrapassagem. Os carros chegam lá a velocidades altíssimas e têm de frear muito forte. Normalmente, quem freia por último faz a curva na frente. Mas como basta manter a trajetória interna para se defender, as batidas e esbarrões são inevitáveis. E como tem pouca grama antes da caixa de brita, o carro sai da pista e fica atolado, o que significa fim de corrida antes da hora".
Por isso, Salustiano planeja concentrar todos os esforços para largar entre os 10 primeiros do grid. "Uma vaga nas primeiras filas significa menos riscos", afirma o piloto, que carrega em seu carro as marcas da Bennamed, da Sawary e da Nicoboco. "Já combinei com meus engenheiros para nos focarmos no acerto de classificação. Só vamos adaptar o carro para a corrida depois de garantir uma boa posição de largada".
Ainda um estreante, Salustiano elogia o novo sistema de classificação. "Pelo anterior, nos dias de chuva um grupo podia pegar pista molhada e o outro seca, como aconteceu em Interlagos e prejudicou metade do pelotão. É mais justo com duas sessões liberadas para cada piloto andar quando achar melhor. A limitação de 15 voltas por piloto ameniza o trânsito que haveria com mais de 40 carros na pista ao mesmo tempo. Sem contar que, como todo mundo tem de economizar pneus, quem fizer um boa volta vai recolher o carro. Acho que agora as provas de classificação vão ser melhores e mais justas", elogia.
Rafael Durante
Foto: Carsten Horst
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