Equipe Petrobras Lubrax concorda com decisão dos organizadores da prova
Após várias reuniões com pilotos, equipes e fabricantes, a ASO (organização do Rally Dakar) decidiu não modificar o regulamento dos caminhões para a próxima edição. Para a equipe Petrobras Lubrax, a única a representar o Brasil na categoria, a decisão foi acertada e não afeta sua preparação para o Dakar 2007, que terá largada em Lisboa, no dia 06 de janeiro de 2007 e chegada às praias de Dakar no Senegal, no dia 22.
A ASO decidiu estudar mudanças na categoria porque o regulamento técnico dos caminhões causou sérias dificuldades durante as verificações que antecederam a edição 2006. Os quatro caminhões da equipe DAF, uma das sérias concorrentes ao título, campeã da edição de 87, teve seus caminhões barrados pelos comissários técnicos da FIA (Federação Internacional de Automobilismo). O problema: a fábrica holandesa não havia produzido as 15 unidades mínimas exigidas para a homologação do caminhão e também não tinha em seu catálogo, caminhões 4x4, caracterizando assim que não eram caminhões de série, como exige o regulamento.
Pensando em evitar estes fatos desagradáveis que são prejudiciais a disciplina (imagem, esporte, interesses e outros fatores) e também atendendo aos interesses de competidores e fabricantes, a ASO organizou uma série de reuniões durante o primeiro semestre de 2006, visando a criação de uma nova divisão entre os caminhões, a categoria Super Production, que já existe entre as motos e carros e é reservada para os veículos super preparados ou protótipos.
Quando se montou o regulamento em vigor, que é utilizado desde o Dakar 2002, se estabeleceu que os caminhões deveriam ser bastante semelhantes com os originais, seguindo os mesmos conceitos dos caminhões de série, apenas sofrendo alterações nos itens de segurança como o santo-antônio, os cintos, o sistema de corte de motor entre outros. Naquela época, a equipe Petrobras Lubrax competia com o caminhão Tatra com motor posicionado no meio do chassi, entre os eixos dianteiro e traseiro. Isso melhorava muito a distribuição de peso. Com o novo regulamento o caminhão foi considerado um protótipo, e a equipe teve de investir na construção de um novo veículo, com o motor sobre o eixo dianteiro, a exemplo dos produtos vendidos ao público.
Neste regulamento, a categoria caminhões tem apenas duas subdivisões: a T4.1 que são veículos de quatro rodas (dois eixos) e a T4.2 que são os caminhões de seis a oito rodas (de 3 a 4 eixos). A idéia da criação da categoria Super Production viabilizaria o time da DAF. No entanto houve oposição das demais fábricas (Tatra, Renault, Hino, Iveco, Kamaz e MAN), assim como uma chuva de reivindicações bastante distintas de cada representante. Muitos até apelidaram a nova categoria de "Monster Trucks". Na visão destes, a nova categoria iria encarecer muito o esporte. Além disso, esses veículos ficariam muito diferentes de um caminhão de produção. Diante dos fatos a ASO decidiu ganhar tempo, declarando que o regulamento não muda, mas que continua estudando possíveis ajustes, mas para o Dakar 2008.
André Azevedo, piloto da Equipe Petrobras Lubrax na categoria, concordou com a decisão. A equipe brasileira tem o suporte da fábrica Tatra, da República Checa, que lhe permite acesso as mais recentes inovações de sua linha de montagem. "Se as regras fossem mudadas, nós teríamos que construir um novo caminhão, com um custo muito alto para nos mantermos competitivos", declarou André.
O crédito da foto é de Charles Maindru
Equipe Petrobras Lubrax tem patrocínio da Petrobras, Petrobras Distribuidora, Mitsubishi Motors do Brasil, Pirelli, e apoio da Pearson, Banco Mercedes-Benz, Mercedes-Benz Caminhões, Renov, Mercedes Seguros, MANN-FILTER, Planac Informática, Sadia, Telenor Satellite Services AS, BorgWarner, Kaerre, Capacetes Bieffe, Sparco América Latina, Artfix e Dakar Promoções.
Karin Hetschko
Assessoria de Imprensa Equipe Petrobras Lubrax
Site oficial: www.parisdakar.com.br
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