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quinta-feira, maio 08, 2008

* EM DIA HISTÓRICO GT3 APRESENTA TELEFÔNICA E IRMÃOS FITTIPALDI.


Wilson e Emerson Fittipaldi foram anunciados oficialmente nesta manhã em Interlagos. Coletiva apresentou o novo patrocinador e o nome oficial da categoria: Telefônica Speedy GT3 Brasil

Muita emoção marcou a coletiva de imprensa da GT3, que foi realizada na manhã desta quinta-feira (8) no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. A categoria apresentou oficialmente seu novo patrocinador, que passou a integrar o nome oficial do campeonato: Telefônica Speedy GT3 Brasil. O encontro também foi o anúncio oficial da participação da dupla Emerson e Wilsinho Fittipaldi no torneio. Eles estrearão no fim de semana (10 e 11) com o novo Porsche 997 GT3 Cup S – um carro do qual a equipe dos Fittipaldi, a WB Motorsport, espera muito. Os irmãos Fittipaldi se emocionaram durante a entrevista, e ambos choraram – Wilsinho caiu em lágrimas várias vezes, Emerson chorou ao lembrar do incentivo que a mãe, Juze, dava aos dois irmãos. Em alguns momentos, o silêncio do choro contido de um deles foi quebrado pela salva de palmas da sala de imprensa lotada. Em Interlagos, a GT3 disputará sua segunda rodada dupla de 2008, válida pela terceira e quarta etapas. As largadas acontecem às 14h do sábado e 11h, do domingo. As duas provas serão mostradas a partir das 20h no canal Sportv.A Telefônica e seu serviço de internet banda larga Speedy vão ocupar os espaços mais nobres do visual da categoria. Além de placas e bandeiras na pista, o novo patrocinador da GT3 também terá seu nome nos supercaros – em Interlagos, todos os bólidos já exibiam uma faixa na parte superior dos parabrisas. Segundo o diretor de produtos premium da Telefônica, Márcio Fabri, as características da categoria se alinham com a filosofia da empresa. “A GT3 se encaixa perfeitamente com a imagem do nosso produto, o Speedy. Aqui estão os melhores pilotos e os melhores carros”, disse ele. “A Telefônica está introduzindo no Brasil um novo serviço de banda larga através de fibra óptica”, revelou Luis Carlos Pimentel, diretor de estratégia da Telefônica. “São Paulo é umas das primeiras cidades do mundo a ter esse serviço disponível. Somente cinco países possuem este produto. A altíssima velocidade da GT3 é a associação perfeita para o produto Speedy. Foram estes motivos que justificaram o investimento da Telefônica na categoria”, finalizou.

As “boas idéias” de Wilson - Emerson Fittipaldi chegou animado ao encontro. Cumprimentou a todos e logo na primeira pergunta foi demonstrando sua animação com a nova proposta: “Estou muito feliz por estar aqui para competir em Interlagos depois de tantos anos. O Wilson sempre tem umas idéias ‘muito boas’”, brincou Emerson. “Ele me ligou há uns três meses dizendo que a gente ia correr de GT3. Me contou que a categoria estava muito legal e que vai crescer muito. Então, pensei: porque não?!”, comentou o bicampeão mundial de Fórmula 1, que, como o irmão, não escondeu a admiração pelos carros da Telefônica Speedy GT3: “São supermáquinas, carros de corrida muito bons sem dúvida”.

A seguir, Emerson relatou uma conversa que teve com a mãe, quando também fazia um retorno às pistas, em 2006, na GP Masters, categoria que reunia ex-pilotos de Fórmula 1. “Eu estava na África do Sul para minha primeira corrida, e liguei para a minha mãe. Isso foi numa quinta-feira. Disse a ela que no dia seguinte tinha treino...”, contou Fittipaldi, que imediatamente começou a chorar, e depois completou: “Desculpem... Eu me emociono muito... Minha mãe disse: filho, esta é a coisa que você mais gosta na vida. Vai lá e corre. E foi muito legal na África. Foram momentos muito bacanas...”. A emoção voltou, e Emerson novamente escondeu o rosto, muito aplaudido pelos presentes. Depois, ele revelou: “Vi minha mãe correr aqui em Interlagos há muitos anos. Então, minha família toda ama a velocidade, todos nós”.

Na seqüência foi a vez de Wilson Fittipaldi se pronunciar. Não demorou muito para o “Tigrão”, seu apelido da época em que era piloto no Brasil, começar a chorar. “Estou bastante emocionado por estar outra vez junto com o Emerson. A última vez que corremos juntos foi em uma prova do Campeonato Brasileiro de Turismo em Goiânia, em 1988, de Fiat. Hoje, para mim, é um momento muito especial. Esperamos fazer o máximo possível na pista”.
Wilson agradeceu a oportunidade de competir novamente: “Eu agradeço a todos por estar tendo está chance de participar de um evento como esse, tão legal”, e as lágrimas voltaram, interrompendo a fala de Wilsinho várias vezes. Ele não conseguia falar. Depois de uma longa pausa, Wilson revelou o motivo de tanta emotividade: “Estou completando 50 anos de automobilismo”. Wilsinho foi também muito aplaudido. Depois destes primeiros momentos, os irmãos Fittipaldi responderam várias perguntas dos jornalistas e a descontração foi total.

Primeiras voltas – Emerson e Wilsinho Fittipaldi experimentaram um Porsche 997 GT3 logo após a entrevista. O bicampeão entrou no carro para ‘apenas algumas voltas de demonstração’. Mas o que se viu imediatamente foi Emerson acelerando para valer. A equipe, no entanto, preferiu não revelar os tempos: “É só um treino”, disse Washington Bezerra, chefe da WB Motorsport, time mais bem sucedido da história da Stock Car, que migrou para a Telefônica Speedy GT3. Emerson completou oito voltas. Wilsinho, apenas cinco. Foi o suficiente para despertar toda a animação do bicampeão da 500 Milhas de Indianápolis: “Foi muito legal. Senti muito prazer em pilotar novamente. A pista está muito boa, bastante lisa. O asfalto é maravilhoso. A maior dificuldade realmente é a freada do ‘S’ do Senna. É uma curva meio cega, ainda tenho que identificar qual o limite de frenagem do carro ali”, descreveu, cheio em entusiasmo. Emerson nunca havia pilotado no novo traçado ­– que pilotou em Interlagos foi em 1980, no layout antigo da pista paulistana.

Depois do entusiasmo inicial, veio a velha veia analítica de um piloto experiente: “Tenho muito o que aprender”, revelou. “O Porsche tem motor traseiro, e isso o faz jogar muito a traseira nas curvas. Principalmente nas curvas rápidas, que são as mais perigosas. Mas fiquei muito animado. Acredito que vamos fazer um bom papel durante o fim de semana”, comentou. Wilson também andou no novo Porsche e completou cinco voltas.

Rodolpho Siqueira e Caio Moraes
Texto: Nei Tessari

Fotos: Miguel Costa Junior

Press Consultoria Ltda

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