O bicampeão mundial foi o vencedor da prova inaugural do autódromo, com o irmão Wilsinho no terceiro lugar Emerson e Wilson Fittipaldi concederam entrevista coletava nesta quinta-feira (12) para a imprensa brasiliense. No encontro, realizado no autódromo da Capital Federal, o bicampeão mundial de Fórmula 1 destacou a qualidade do circuito. E avisou: “O traçado de Brasília é, hoje, o mais difícil do Brasil. Teremos neste fim de semana um desafio muito especial”. A dupla participa da quinta e sexta etapas do Telefônica Speedy GT3 Brasil, que terão largada às 15h30 do sábado e 13h10 do domingo.
As provas marcam o retorno dos dois pilotos à pista brasiliense, que foi inaugurada em fevereiro de 1974 com uma corrida extra-campeonato de Fórmula 1. Na ocasião, Emerson venceu pilotando um McLaren e Wilsinho recebeu a bandeirada na terceira posição com um Brabham. O sul-africano Jody Scheckter (Tyrrell) completou o pódio, em segundo.
O retorno dos Fittipaldi a Brasília coincide com a estréia da GT3 Brasil na Capital Federal, e na opinião dos irmãos representa o maior desafio do ano para os pilotos. Emerson e Wilsinho participaram de um treino extra realizado no início da semana em Brasília – por quatro equipes da categoria –, e admitiram que se surpreenderam com o que sentiram dentro do carro.
Susto na pista – “Faz muito tempo desde a corrida que inaugurou o circuito, e eu naturalmente não me lembrava mais do traçado”, admitiu Wilsinho. “E confesso que cheguei a me assustar com a complexidade da pista. Este é realmente um circuito especial, que vai exigir muito dos pilotos”, acrescentou.
Para Emerson, a satisfação de retornar a Brasília em um dos supercarros da GT3 representa um “desafio especial”. Ainda se habituando aos carros do tipo Turismo – já que construiu praticamente toda sua carreira em monopostos –, ele ressaltou as diferenças entre os dois equipamentos, e o alto nível de competitividade da categoria.“Na corrida de São Paulo nos surpreendemos com a eficiência dos freios do nosso Porsche. E, como o próprio Wilson lembrou, ser rápido com carros de Turismo exige adaptação para quem está acostumado com os Fórmulas, ou está parado há algum tempo, como é o nosso caso”, declarou o bicampeão mundial de Fórmula 1. A dupla fez um dia e meio de treinos em Brasília, e garante que estará mais competitiva na estréia da GT3 em solo brasiliense. Na primeira corrida que fizeram na categoria, Emerson e Wilson obtiveram um nono lugar como melhor resultado.
“Nos testes desta semana dividimos a pista com outros pilotos bastante competitivos, e foi interessante ver como cada um deles se adapta ao traçado. Andei algum tempo atrás do Ford GT do Walter Salles, e vi que ele já passava sobre algumas zebras que eu ainda não estava aproveitando”, admitiu o bicampeão mundial.
Determinação internacional – O Ford GT V8 de Walter Salles e do ex-piloto de Fórmula 1 Ricardo Rosset foi, aliás, o carro a ser batido nas duas primeiras rodadas duplas do ano. Embora o domínio teórico do modelo norte-americano não tenha se revertido em grande vantagem para a dupla na tabela de classificação, o regulamento técnico da categoria foi atualizado para garantir o equilíbrio entre as marcas. “O Ford recebeu mais 70 quilos de lastro para que seu desempenho seja equiparado ao dos demais modelos do grid. Esta foi, inclusive, uma determinação internacional”, explicou Walter Derani, um dos organizadores da GT3, também presente à entrevista.
As provas da GT3 poderão ser acompanhadas pela televisão no Sportv: no sábado, o VT da quinta etapa vai ao ar a partir das 20h e, domingo, a sexta corrida do ano pode ser assistida às 21h.
Rodolpho Siqueira e Caio Moraes
Texto: Rafael Durante
Fotos: Miguel Costa Jr.
Press Consultoria Ltda
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