Satisfeito com o Peugeot número 43, piloto acha que está na hora da sorte mudar
Reconhecido como um dos pilotos mais rápidos da Stock Car, Pedro Gomes não tem obtido neste ano os resultados que dele se espera. Correndo por uma equipe de qualidade técnica comprovada, a RC3 Bassani, o filho mais velho do lendário Paulão Gomes soma, depois de quatro etapas, apenas cinco pontos, fruto do 11º lugar na corrida de abertura da Copa Nextel.
Mas nem assim Pedrão se deixa abater. Mesmo em 23º lugar, ele mantém o objetivo de assegurar uma vaga entre os 10 pilotos que disputarão o título de campeão brasileiro no play off ao final do ano. Há dificuldades, como o fato de já se terem passado quatro das oito etapas que selecionarão quem vai entrar nas quatro provas que compõem anualmente o play off. Outro obstáculo é a falta de verba para competir em igualdade de condições com os pilotos das chamadas equipes grandes. “Em termos técnicos, acho que a RC3 Bassani pode ir tão longe quanto qualquer uma, mas não dá para fazer milagre. Se não há igualdade de investimento, o desenvolvimento dos carros é mais lento”.
“Está difícil, mas tenho certeza de que a sorte vai mudar. Talvez já em Campo Grande”, anima-se o piloto do Peugeot número 43. “O carro é bom e a equipe também, mas não dá para enfrentar de igual para igual com adversários sem dispor de recursos como um dinamômetro de solo próprio. Sem ele, não se pode aperfeiçoar fatores importantes como a redução do atrito da transmissão. Este atrito, que ocorre na caixa de câmbio e no diferencial, faz com que a potência que sai do motor para as rodas seja muito reduzida, causando perda de velocidade. A fornecedora de chassis e motores da Stock disponibiliza um destes dinamômetros, mas não o usamos nenhuma vez neste ano. Não adianta fazer um teste de vez em quando se os outros fazem a cada corrida, hoje em dia é preciso testar a cada etapa”.
A virada, porém, pode estar próxima, já poderia ter ocorrido na última prova, em Santa Cruz do Sul. “Larguei em 10º e estava fazendo uma corrida ótima, mas no começo da quarta volta levei uma batida na traseira que acabou com minhas chances. O pior é que eu estava chegando perto do Nonô Figueiredo, que terminou em quinto. Eu poderia ter ficado entre os seis primeiros, mas não marquei um ponto sequer”.
De acordo com Pedrão, as qualidades que seu Peugeot 307 mostrou em Santa Cruz do Sul permitem encarar a próxima corrida com algum otimismo. “O carro estava ótimo nas freadas e tinha muito boa tração, era um dos melhores no molhado. Como a pista de Campo Grande tem uma reta longa e várias curvas de baixa velocidade, estou animado, vou para lá com a disposição de quem vai lutar pela vitória. Sei que dificilmente vou chegar em primeiro, mas vou lutar do começo ao fim”, promete.
foto: Carsten Horst
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