29 de outubro – A movimentação cada vez maior em torno dos investimentos necessários para realizar os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro envolve o cumprimento de acordos assinados e homologados em juízo para garantir a prática segura e regular do automobilismo no estado fluminense e região.
Palco de etapas dos campeonatos mundiais de F-1, F-Indy e Motociclismo, o Autódromo de Jacarepaguá perdeu, em 2006, parte de sua área e do seu traçado clássico para a construção de arenas dedicadas a receber competições dos Jogos Panamericanos de 2007 em troca de uma reforma das instalações reminiscentes e a construção de uma variante, em conformidade com o projeto aprovado pela FIA, em condições de sediar provas de Fórmula 1. Apesar de concordada e garantida por acordo assinado entre o Município do Rio Janeiro, a CBA e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, e homologado em juízo, a obra não foi realizada.
Posteriormente o Ministério dos Esportes, o Município do Rio de Janeiro, o Comitê Olímpico Brasileiro e a CBA firmaram novo acordo, a ser submetido ao juízo que homologou o acordo anterior, estabelecendo que, acaso o Rio de Janeiro fosse escolhido como sede olímpica para 2016, a União e o Município disponibilizariam área, a ser aprovada pela CBA, para construção de autódromo (com projeto aprovado pela FIA) e kartódromo. Estas praças desportivas seriam feitos pelo entes públicos, que manteriam o Autódromo de Jacarepaguá em funcionamento até a inauguração do novo autódromo.
Eventos como os Grandes Prêmios do Brasil de F1 em 1978 e entre 1981 e 1989, etapas do Campeonato de F-Indy entre 1996 e 2000, e do Campeonato Mundial de Motociclismo entre 1995 e 2000 contribuíram sistematicamente para a arrecadação de impostos municipal, estadual e federal e a geração de milhares de empregos diretos e indiretos de forma constante e regular. Tal regularidade proporcionou benefícios palpáveis à indústria do turismo, uma das maiores fontes de emprego do Rio de Janeiro.
Ante a profusão de declarações confusas por parte de entidades e personalidades que em momento algum estiveram envolvidas em tais negociações, a Confederação Brasileira de Automobilismo reitera sua confiança nos contratos acima mencionados e segue trabalhando para que todos os brasileiros sejam beneficiados com a realização dos Jogos Olímpicos no País sem que outros setores da sociedade, que contribuem de forma constante e regular para essa mesma sociedade, sejam prejudicados por interesses passageiros.
Wagner Gonzalez
Assessor de Imprensa
Confederação Brasileira de Automobilismo
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