Mesmo enfrentando um ano difícil, o piloto do Paraná acredita em uma vaga no play-off
Campeão em 2003, David Muffato vem enfrentando uma temporada difícil em 2008, em que contabiliza apenas os nove pontos conquistados na primeira etapa do ano. Isso, porém, não diminui a confiança com que ele encara a sexta etapa da Copa Nextel, que será realizada neste sábado. Primeiro, por ser em Interlagos, onde o Peugeot número 35 obteve sua melhor performance nesta edição da Copa Nextel; segundo, pela confiança que deposita na equipe RC3-Bassani.
Apesar de ser apenas o 20º no campeonato, Muffato vê chances de se incluir entre os 10 pilotos que vão disputar o título de campeão nas quatro últimas corridas. E baseia seu otimismo na performance de seu Peugeot. “O carro é muito bom. Se não fosse por alguns azares em três etapas e um erro que cometi na prova de classificação na outra, eu não tenho dúvidas de que estaria entre os oito primeiros”, analisa ele, ressaltando o bom trabalho da RC3-Bassani. “Estamos evoluindo a cada etapa”, afirma ele, citando o quarto lugar de seu companheiro Pedro Gomes em Campo Grande. “Aliás, uma das nossas forças é a exatamente a presença do Pedro. Como ele, além de rápido, é muito experiente, estamos melhorando bastante o acerto dos carros”.
Em Interlagos, porém, o rendimento dos motores é tão ou mais importante que o acerto. E este é um fato complicador, já que o orçamento enxuto da equipe não permitiu que, até agora, o diretor técnico, o engenheiro Eduardo Bassani, testasse os dois Peugeot da equipe no dinamômetro de solo. “É um teste que mede a eficiência do conjunto motor-transmissão. Ele quantifica a potência que chega ao solo depois de passar pela caixa de marchas e o diferencial. Sem isso, é impossível saber quais são a caixa e o diferencial que têm menor atrito. Mesmo assim, a dedicação com que o Bassani e os mecânicos encaram cada corrida compensa estas desvantagens”, elogia ele.
Como exemplo, David cita o detalhado trabalho feito nas carenagens para diminuir a resistência do ar ao deslocamento. “É uma dedicação contagiante. Ao ponto de tanto eu quanto o Pedro darmos prioridade à equipe, não a nós mesmos”. E comenta que, se não estiver em jogo uma posição no pódio, ele não oferecerá resistência a um ataque do companheiro. “Ele está mais bem situado no campeonato do que eu. Se for o caso, vou dar passagem para ajudar a equipe a ter um piloto no play-off”.
Mas nem por isso David se vê alijado da luta pelo título. “Vai ser melhor ainda se a RC3 Bassani tiver dois pilotos nesta disputa. E como nossos carros estão andando bem, ainda estou na luta. Uma hora a sorte que tem me faltado vai virar a meu favor. Por que não nestas três etapas que faltam para selecionar os pilotos que vão entrar no play-off? Se depender do meu Peugeot, sei que tenho amplas condições de chegar lá”.
Prolink
Nenhum comentário:
Postar um comentário