Com crise, organizador da Stock não confirma grid completo na estreia

A primeira corrida da Stock Car nesta temporada acontece no dia 29 de março, em Interlagos. Em tempos de crise econômica, Carlos Col, presidente da empresa que organiza a categoria, não garantiu a presença dos 32 carros no grid do autódromo paulista na estreia.

Após nove anos, os carros da Stock foram modificados. Todos os 32 novos modelos fabricados foram vendidos, mas cerca de seis pilotos ainda não assinaram contrato para atuar na categoria em 2009. "Acredito que (o grid) deve estar completo, mas precisamos esperar. Não é possível afirmar agora se teremos os 32 carros ou não", disse Col durante a apresentação da equipe Eurofarma/RC na última segunda-feira, em São Paulo.

Apesar do receio em confirmar a presença de todos os carros no grid, o presidente da Vicar garante que a Stock encontra a crise no momento mais saudável de sua história. Ele assegura que tem a situação sob controle e lembra que no automobilismo brasileiro é comum o fechamento de patrocínios poucos dias antes da primeira prova.

. Carlos Col concede entrevista ao lado de Max Wilson, piloto da Eurofarma/RC
"Esse cenário afeta todo mundo, principalmente um esporte que vive de verbas patrocínio. Felizmente, a Stock está em um momento saudável e vai atravessar esse período com bastante saúde e poucos arranhões. A crise não será credenciada para os nossos eventos e os investimentos serão mantidos", afirmou Col.

Em outubro do ano passado, o presidente da Vicar se reuniu com as equipes para estudar uma série de medidas visando minimizar os efeitos da crise na Stock. Neste ano, as soluções delineadas durante o encontro serão colocadas em prática na maior categoria do automobilismo brasileiro.

A principal novidade é a proibição de as equipes contarem com componentes reservas. Alguns equipamentos serão lacrados, como o câmbio com diferencial. Em 2009, a organização criará um estoque central nas pistas à disposição de todos os times. A meta é cortar custos operacionais com as peças e também na logística de transporte.

Nesta temporada, a formatação dos treinamentos também será alterada. A ideia é colocar um carro por vez na pista e promover sessões menores. Desta forma, a organização pretende concentrar os membros da equipe e diminuir a demanda por profissionais.

"Essas duas medidas e outros detalhes somados vão gerar uma economia importante durante o ano", afirmou Col. Ele calcula que cada equipe poupe cerca de R$ 400 mil. O dirigente ainda lembrou que a Stock sempre primou por conceitos de baixo custo, como o motor único, a mesma marca de pneus e os componentes padronizados



Fonte: GazetaEsportiva