Ela não disputou na segunda etapa, no Alabama, no domingo passado, e recebeu autorização médica para voltar a acelerar o carro azul e amarelo da Ipiranga Dreyer & Reinbold Racing em sua temporada de estreia no campeonato integral a partir da próxima sexta-feira.
“Fiquei muito feliz quando fui liberada para correr em Long Beach. Sei que não vou estar 100% e talvez ainda sinta dores musculares para dirigir, mas não há riscos de piorar a recuperação da minha fratura. O osso já está praticamente calcificado. Terei um protetor de fibra de carbono na mão, que me dará suporte e segurança”, comenta a pilota.
Bia Figueiredo continua com a rotina de restabelecimento e os treinamentos físicos diários habituais: musculação, preparação cardiovascular e os dois juntos em circuitos, mas tudo sem usar a mão lesada. “A fisioterapia para a recuperação da minha mão consiste em uns dez movimentos que tenho que fazer umas oito vezes por dia. Nesta fase final estou apertando massinha e esponjas para recuperar a musculatura do antebraço. Além disso, tenho um aparelho eletrônico que acelera em 40% a calcificação do osso escafóide, o que eu quebrei”, conta a brasileira.
O circuito da prova do próximo domingo é um dos preferidos de Bia, que correu lá uma vez na Indy Lights, em 2009, e terminou na quinta posição. “Long Beach é uma pista de rua longa e difícil. São muitas curvas de 90 graus e tem um herpin de primeira marcha antes da reta principal. É uma pista física, tem bastante curvas seguidas e tem alguns bumps e desníveis que dificultam o acerto do carro. Mas é um circuito muito divertido”, ela comenta.
Inaugurado em 1975 com uma corrida da Fórmula 5000, a primeira prova de rua da cidade, e um dos mais belos do calendário, o circuito de Long Beach localiza-se à beira da Queensway Bay, é vizinho ao Shoreline Aquatic Park e à Marina Green Park. Recebeu a Fórmula 1, de 1976 a 1983, e, desde 1984, sediou corridas da CART, da Champ Car e da Indy. O GP de Long Beach é um megaevento, com muitas atrações paralelas à corrida e costuma atrair mais de 200 mil pessoas.
A pilota da Ipiranga Racing espera uma prova muito disputada. “Mas em Long Beach é dificil de ultrapassar”, observa. Por isso, a classificação é muito importante. O objetivo da brasileira que corre na categoria estreante da Indy é claro: cruzar a linha de chegada ao fim das 85 voltas de 1,968 milhas (3.168 metros) do Toyota Grand Prix of Long Beach. “Quero terminar a corrida e ganhar os pontos”, conclui Ana Beatriz Figueiredo.
Agenda – 3ª etapa Fórmula Indy, Long Beach
Sexta-feira, 15 de abril
16h00 às 16h45: Treino livre para estreantes no circuito
16h45 às 17h15: Treino livre para todos os carros
20h25 às 21h25: Treino livre
Sábado, 16 de abril
16h25 às 17h25: Treino livre
20h30 às 21h50: Classificação
Domingo, 17 de abril
15h15 às 15h45: Warm-up
19h30 às 21h30: Corrida, 85 voltas
FOTOS
Ana Beatriz na 1ª etapa do campeonato, em Saint Petersburg – crédito: LAT USA
Fonte: Estela Craveiro
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