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sábado, novembro 08, 2008

Entrevista Nelsinho Piquet
Nelsinho Piquet, 23 anos, nasceu em Heidelberg, na Alemanha, e aos oito anos de idade começou sua carreira no kart. Tricampeão brasileiro na categoria, seu primeiro contato com um monoposto foi na F3 Sul-americana, na qual se sagrou campeão com vários recordes. A F3 Inglesa, da qual o piloto também foi campeão, foi a porta de entrada para o automobilismo europeu. O passo seguinte foi a Fórmula GP2, na qual correu com outros pilotos que hoje também estão na F1, como Nico Rosberg, Heiki Kovalainen e Lewis Hamilton. Com este último, travou um duelo pessoal até a última prova. Hamilton conquistou o campeonato e Nelsinho Piquet, o segundo lugar. No entanto, em 21 etapas disputadas, Nelsinho chegou 11 vezes à frente do piloto inglês. Após duas temporadas na GP2, Nelsinho foi contratado como piloto de testes da ING Renault e, este ano, disputou sua primeira temporada na F1 como titular da escuderia.

Com a renovação do contrato com a ING Renault para a próxima temporada, o piloto brasileiro espera fazer um trabalho melhor do que o realizado este ano. As perguntas abaixo mostram que o piloto já está com a cabeça em 2009:

1. Qual avaliação você faz de sua temporada de estréia na Fórmula 1?

Foi uma temporada difícil, mas de muito aprendizado. Tive que lidar com várias novidades, como circuitos em que eu nunca tinha corrido, a dinâmica dos fins de semana de Grande Prêmio, o emocional de estar na categoria mais importante do automobilismo mundial. Enfrentei dificuldades, mas evolui muito durante a temporada, consegui marcar 19 pontos, subi no pódio com o segundo lugar na Alemanha, terminei em quarto no Japão após largar em 12º. Sei que fiz um bom trabalho, que foi reconhecido pela Renault com a renovação do meu contrato.

2. Qual é a expectativa para o próximo ano?

Minha expectativa é a melhor possível. Vou usar toda experiência que adquiri este ano para ser mais competitivo, buscar estar entre os primeiros e lutar sempre por pontos e pódios. A ING Renault vem fazendo um grande trabalho no carro, que pôde ser observado na reta final do campeonato. Conheço a seriedade de todos na equipe e confio que teremos mais evoluções no carro, que nos darão condições de fazer um ótimo trabalho em 2009. A equipe está em excelente fase e acredito que será ainda melhor daqui para frente.

3. O que se pode esperar da próxima temporada com as novidades na categoria, como mudanças aerodinâmicas e o retorno dos pneus slick?

Ainda é cedo para falar, já que ainda não fizemos nenhum teste com essa nova configuração. Acredito que a categoria continue competitiva, como nos últimos anos, com vários pilotos disputando vitórias, mas prefiro esperar e avaliar melhor em vez de fazer previsões.

4. Como foi a convivência com Fernando Alonso? Aprendeu com ele?

Temos uma boa convivência profissional, embora cada um esteja focado em seu próprio trabalho. Durante testes e corridas procuramos ajudar a equipe no desenvolvimento do carro, o que é importante para ambos. Se tenho aprendido com o Alonso? É claro que sim. Tenho respeito pelo trabalho que ele realizou este ano e a experiência de um bicampeão mundial de F1 não pode ser deixada de lado. Em todas as categorias que participei, o meu primeiro ano é sempre de muito aprendizado.

5. Qual foi a contribuição do seu pai em sua experiência na F1?

Meu pai é muito importante na minha carreira, me orientando para que eu tire o máximo proveito dos desafios que surgem dentro e fora das pistas. Embora de ele ir a poucas corridas e de nos vermos com pouca freqüência, por ele morar e trabalhar no Brasil, seu incentivo e apoio são constantes. Além de toda orientação que recebo, tanto do ponto de vista técnico quanto da administração da minha carreira, meu pai também é uma grande fonte de inspiração para meu trabalho. Ele sempre foi um piloto muito competitivo e isso fez a diferença nos títulos mundiais que conquistou. Por isso, estou sempre atento ao que ele me incentiva a fazer.
6. Qual é a sua programação para este mês de novembro?

Na próxima semana, volto ao Brasil para disputar as 500 Milhas da Granja Viana, no dia 15 de novembro. Vou correr pela equipe Oi Piquet Sports, ao lado do Rodrigo Piquet, Sérgio Jimenez, Tuka Rocha, Clemente Faria Júnior, Luiz Felipe Nasr, Lucas Foresti, Diego Nunes e Cristiano Piquet. Na seqüência, viajo para Barcelona, na Espanha, para os primeiros testes de inverno da próxima temporada, que começam no dia 17 de novembro. Depois retorno novamente à Europa, onde tenho outros compromissos, e no fim do mês venho novamente ao Brasil, para o Renault Roadshow, que ocorrerá em São Paulo, nos dias 29 e 30. Eu andarei com o carro da equipe no Parque do Ibirapuera. Além disso, haverá diversas outras atrações para os fãs de carros e de automobilismo. Será uma boa oportunidade para que o público em geral, principalmente as pessoas que não tiveram a chance de ver o GP do Brasil, possa conhecer o mundo da Fórmula 1.

7. O que os brasileiros podem esperar de Nelsinho Piquet em 2009?

Podem esperar muita vontade, garra e disposição para obter os melhores resultados possíveis. Sei que o público brasileiro é muito exigente com seus esportistas e pretendo trabalhar duro para corresponder às expectativas, à medida que a equipe vá evoluindo. Sou muito grato por todos que torcem por mim.

Alessandro Mendes

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