Jean chega em 8º no dia e ganha uma posição na geral
Jean Azevedo completou a salvo o percurso especial (cronometrado) da etapa de hoje do Rally Dakar 2006, entre Nouakchott e Kiffa, na Mauritânia. Ele percorreu os 599 km em 8h29min23s, marcando o 8º tempo do dia, resultado que até o momento o leva de volta ao grupo dos dez primeiros na classificação geral, pulando da 11ª para a 10ª posição.
Contrariando os prognósticos, o vencedor de hoje foi o francês Cyril Despres, atual campeão que vinha tendo muitas dificuldades após sofrer um acidente e deslocar o ombro. Mesmo com dores, Despres percorreu os 599 km da maior especial do Dakar em 7h55min48s, quatro minutos à frente do espanhol Marc Coma. Na classificação geral, Coma permanece na liderança, 22min47s à frente de Despres, agora o 2º colocado.
O objetivo de Jean nas próximas etapas e ultrapassar três dos nove pilotos que estão na sua frente e subir para a sétima colocação, resultado igual ao conquistado na edição passada da prova. Não fosse a penalização recebida na etapa de anteontem, Jean já estaria na sexta posição, a cerca de 25 minutos do quarto e do terceiro colocados.
Infelizmente, a etapa de hoje do Dakar ficará marcada pela morte de Andy Caldecott. O piloto australiano sofreu um acidente com sua moto KTM na altura do quilômetro 250 do percurso. Quando as equipes de resgate chegaram ao local, pouco mais de 20 minutos depois, já não podiam fazer nada. Caldecott ocupava a 10ª colocação na contagem geral das motos, chegando a vencer a terceira etapa, entre Nador e Er-Rachidia. Ele havia terminado o Dakar 2005 em 6º lugar mas, sem patrocínio, não iria disputar o Dakar, até que o acidente do piloto espanho Jordi Duran pouco antes da largada abriu uma vaga na equipe oficial da KTM. Caldecott aceitou a vaga.
Outro piloto que se acidentou hoje foi o espanhol Isidre Esteve Pujol, que ontem ocupava nada menos que a vice-liderança do Dakar entre as motos. O piloto caiu da moto após percorrer 346 km da especial e foi levado para um posto médico de helicóptero. A organização limita-se a afirmar que Esteve se machucou, mas que seu estado não é grave.
"Ralis são provas de velocidade, provas no limite. Ninguém quer nunca que acidentes como esses aconteçam, mas todos aqui sabem do risco", disse Jean logo após chegar ao acampamento em Kiffa. No momento da queda de Caldecott, ele estava à frente do australiano. No ano passado, o itaiano Fabrizio Meoni (bicampeão do Dakar em 2001 e 2002) sofreu um acidente fatal em uma região próxima, numa etapa que tinha o mesmo destino, a cidade de Kiffa.
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Problemas mecânicos tiram Kolberg e Bampi do Dakar
Uma péssima notícia para a torcida brasileira. A dupla formada por Klever Kolberg (piloto) e Eduardo Bampi (navegador) acaba de anunciar sua desistência do Rally Dakar 2006. Logo no início da 9ª etapa entre as cidades de Nouakchott (Mauritânia) e Kiffa (Mali), a tripulação sentiu um sério problema no rendimento do carro. "Não conseguíamos chegar a 120 km/h no asfalto, o motor começou a falhar, então nós voltamos para o ponto de partida, procurando pelos mecânicos. Durante 3 horas eles mudaram tudo o que foi possível, checaram todas as peças, mas até agora não encontramos nada e o carro continua sem funcionar direito", disse Klever por telefone.
Segundo o piloto, até a noite de ontem tudo estava certo. "Havíamos checado tudo ontem, no dia de descanso, mas logo hoje de manhã já tivemos dificuldade em dar a partida". Klever Kolberg e Eduardo Bampi ocupavam até o momento a 13ª posição na classificação geral entre os carros.
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Caminhão de André Azevedo volta a andar bem e termina em 2º
Para completar a mais longa etapa do Dakar 2006, com 874 km (599 cronometrados e 275 de ligação), a tripulação formada por André Azevedo, Maykel Justo e Mira Martinec teve que trabalhar pesado por 10h41min15s, cravando o segundo melhor tempo do dia, 32 minutos atrás do (quase) imbatível russo Vladimir Chagin.
Após dois maus resultados, Chagin volta ao topo do dia e conseqüentemente dispara na liderança. Até as 19h10 em Brasília, nem Firdaus Kabirov (2º na geral) nem Hans Stacey (3º) completaram a etapa. A diferença de ambos para o brasileiro André Azevedo (4º) é de 3 horase meia. Uma delas já se passou. Caso ambos os concorrentes continuem vagando no deserto por mais duas horas, o caminhão da equipe brasileira reassume a vice-liderança no Dakar.
Henrique Skujis, de kiffa - Mali
Fotos: Maindru/ Divulgação
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