Considerados uma das duplas mais fortes do Brasil GT3 Championship 2008, Alceu Feldmann e Thiago Marques deixam de lado a rivalidade que têm nas pistas da Stock Car para somar forças na categoria dos supercarros. Os dois paranaenses vão dividir a pilotagem do Lamborghini Gallardo número 2 durante a temporada, que começa neste sábado (19), no Autódromo Internacional de Curitiba.
Além da qualidade dos pilotos, a preparação do carro será outro ponto forte, já que a equipe contratada foi a Action Power, de Curitiba, uma das mais bem equipadas do Brasil. Atual vice-campeão da GT3, Feldmann revela nesta entrevista suas pretensões no ano e quais serão as principais dificuldades que ele deve enfrentar:
Este será outro grande ano na GT3 para você?
Espero que sim... mas não será nada fácil. Neste ano, o buraco é mais embaixo, pois, com a entrada de novos competidores, a disputa deve ser ainda mais equilibrada. Além de enfrentar os já conhecidos (e campeões) Xandy Negrão e Andreas Mattheis, temos a chegada de feras, como Ingo Hoffmann, Giuliano Losacco, Valdeno Brito e do Guto Negrão, que decidiu entrar de vez na briga. E isso sem contar o Roberto Pupo Moreno, o Ricardo Rosset e o Nelson Piquet, que, apesar de um tempo de inatividade, vão brigar por vitórias também, já que "quem é rei nunca perde a majestade", né?
E quase esqueço do Claudio Ricci, que agora vai andar com o Rafael Derani, outro piloto muito competente. É, não vai ser fácil mesmo.
O que lhe atrai na GT3?
Além da beleza dos carros, praticar a pilotagem é sempre importante, ainda mais num carro desses, com tanta tecnologia embarcada. Como na Stock não temos a possibilidade de treinar muito, a GT3 serve como um reforço nesse aspecto. Além disso, a categoria está se fortalecendo, com maior atratividade para o público e gerando interesse de diversos segmentos empresariais.
A agora, ao lado do Thiago? Vocês são favoritos?
Na GT3, com o equilíbrio entre os modelos de carro, a dupla de pilotos é o principal fator para alcançar o sucesso. A equipe também é importante, mas como não há muito o que mexer na preparação dos carros, o que conta é a regularidade e a similaridade da dupla de pilotos. Procurei um parceiro que fosse rápido e constante e que tivesse o mesmo nível de experiência. E encontrei no Thiago essas qualidades. Mas não podemos dizer que somos favoritos. Há outras duplas muito fortes. E, na minha opinião, a que continua como favorita é a formada pelo Xandy e o Andreas Mattheis.
Por que decidiu continuar de Lamborghini?
Aprendi a gostar do carro. No ano passado, a convite do Boni (Paulo Bonifácio, antigo parceiro de Alceu na categoria), tive a oportunidade de guiar o Lambo. É um equipamento espetacular. Freia muito, tem um torque impressionante e foi o carro que apresentou maior regularidade. Apesar dos problemas que enfrentamos, com superaquecimento de motor e desgaste de pneus. Aliás, esse problema deve ser solucionado, já que este ano o carro utilizará pneus mais duros. Tomara que o rendimento não caia muito.
Como é correr com o apoio da torcida, aqui em Curitiba?
É ótimo saber que os amigos estão na arquibancada torcendo por você. Mas a pressão às vezes atrapalha, sabia? O incentivo pode se tornar um compromisso de vitória. Mas encaro com naturalidade. Óbvio que vencer em casa é especial e espero que consiga mais uma vez vencer no Autódromo de Curitiba, pista que já me deu muitas alegrias.
Rodolpho Siqueira e Caio Moraes
Texto: Cláudio Stringari
Press Consultoria Ltda
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