O piloto da Renault F1 Team, Nelson Piquet, experimentou em primeira mão nesta sexta-feira, em Curitiba (PR), o carro utilizado na Copa Renault Clio, bólido que estréia um novo motor de dois litros em substituição ao 1.6 empregado até 2007. Depois de algumas voltas pela pista de 3.695 metros, o Piquet desceu do carro com um sorriso nos lábios. Nesse momento alguém entre os muitos presentes comentou, brincando: “Você já virou um tempo bem próximo do melhor na categoria”. Foi o suficiente para arrancar mais sorrisos do jovem piloto: “Acho que ainda não, andei muito pouco, mas se eu der mais umas três voltas... quem sabe?”, brincou a nova estrela brasileira da Fórmula 1.
A Copa Renault Clio realiza neste fim de semana sua primeira etapa de 2008, no domingo (20), em um novo grande evento automobilístico que também congrega o Brasil GT3 Championship e a Fórmula 3 Sul-Americana. Nelson Piquet esteve no circuito nesta sexta-feira em uma programação apertada, que também incluiu uma visita à fábrica da montadora francesa, localizada em São José dos Pinhais, na região da Grande Curitiba.
Piquet só havia dirigido um carro do tipo Turismo duas vezes em sua carreira ― um Aston Martin DBRS9 em uma prova do FIA GT, em Interlagos, quando venceu a corrida em parceria com seu pai Nelson Piquet, Hélio Castroneves e o francês Christophe Bouchut; e o mesmo carro na prova 24 Horas de Le Mans. O piloto da equipe Renault F1 gostou da experiência com o Clio: “Achei muito gostoso de pilotar. Eu nunca tinha andado em um carro pequeno, de categoria escola, com motor não tão potente quanto os que estou acostumado, mas com muita aderência. Os carros que estou habituado a pilotar são muito fortes e não te passam a sensação de tanta aderência, pois a potência deles é realmente muito, muito forte. Então, andar com o Clio foi muito gostoso. É igual brincar no kart, eu gostaria de dar mais algumas voltas, mas infelizmente não tenho tempo para isso hoje”, lamentou o piloto.
“O carro tem reações rápidas, anda de lado praticamente o tempo inteiro, é muito divertido mesmo”, elogiou o piloto, que estava visivelmente tranqüilo e apreciando muito a experiência. “Mesmo assim não é um carro fácil de guiar.
Claro que é completamente diferente do que o que eu estou acostumado a pilotar, mas se ficar fácil fica igual para todo mundo e o legal está justamente na diferença que cada piloto faz ao volante. Então, passa a ser difícil pelo alto grau de disputa. Também tem o fato de fazer muito tempo que eu não andava em Curitiba, praticamente tinha esquecido como é o traçado. Claro que é brincadeira o que eu disse que em três voltas eu viraria o mesmo tempo dos pilotos da categoria”, esclareceu Piquet, sempre bem-humorado. O piloto ainda teve tempo para satisfazer a curiosidade de alguns jornalistas, ao levá-los para uma volta rápida pelo traçado curitibano.
Caio Moraes e Rodolpho Siqueira
Fotos: Fernanda Freixosa
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