Os fãs da velocidade de todo o Brasil terão agora um superevento com programação bastante variada e que promete muita ação na pista. Nesta quarta-feira (02/04), a SRO Latin America anunciou a participação do Campeonato Sul-Americano de Fórmula 3 no calendário do evento que já reunia o Brasil GT3 Championship e a Copa Renault Clio – a nova categoria brasileira de supercarros e a competição de Turismo de alto nível e baixo custo cuja parceria já era motivo para levar o público aos autódromos. "Agora temos também a mais importante categoria de monopostos da América do Sul", comentou Luis Roberto Souza, CEO da SRO Latin America. "Em um mesmo fim de semana, o público poderá ver os pegas da Clio, a emoção e sofisticação dos supercarros e das estrelas da GT3 e os talentos brasileiros que tentam chegar à Fórmula 1. É um pacote perfeito", continua Luis Souza, referindo-se a máquinas como os Ferrari F430 e os Lamborghini Gallardo, além de nomes como Ingo Hoffmann e Nelson Piquet, estrelas da GT3 em 2008.
A temporada das três categorias terá início no dia 20 de abril, em Curitiba (PR), e contará com a presença de quase 80 pilotos, divididos nos três campeonatos. "Supereventos como este, reunindo várias categorias de grande importância para o automobilismo, são comuns na Europa.
São também uma oportunidade de reunir vários tipos de fãs em uma mesma ocasião", diz Augusto Cesário Neto, representante da associação de equipes da F-3 Sul-Americana. "Há os aficionados que vão à pista para ver ídolos já consagrados, como Piquet e Ingo, e também os que gostam de acompanhar o surgimento de novas estrelas, caso da garotada da Fórmula 3. É isso o que vamos oferecer", comenta Dárcio dos Santos, outro chefe de equipe da associação que mantém a categoria de monopostos mais antiga do continente.
Grande desafio – Em 20 anos de história, a F-3 Sul-Americana ofereceu aos pilotos do continente a oportunidade de aprender a lidar com sofisticadas regulagens de chassi, freios de grande eficiência, pneus que exigem técnica de pilotagem acurada, motores potentes, rivais difíceis de dominar e equipes que replicam o ambiente profissional e a estrutura de trabalho encontrados na Europa e Estados Unidos. E ajudou na evolução técnica de muitos que fizeram nome e fortuna no esporte. "O Brasil foi o grande beneficiado neste que é o principal celeiro de pilotos situado fora do automobilismo europeu", diz Nestor Valduga, presidente da Comissão de Fórmula 3 da Confederação Sul-Americana de Automobilismo. "A F-3 é o último estágio no nosso continente para os pilotos brasileiros e sul-americanos que sonham em chegar à F-1. É um grande desafio", define Valduga.
Os nomes que disputaram títulos ou que simplesmente competiram na categoria para aprimorar sua técnica formam uma lista quase completa dos melhores jovens pilotos que o Brasil produziu nas últimas décadas: Cristiano da Matta, Hélio Castroneves, Affonso Giaffone Neto, Christian Fittipaldi, Lucas Di Grassi, Tarso Marques, Hoover Orsi, Bruno Junqueira, Jaime Melo Júnior, Rubens Barrichello, Nelsinho Piquet, Max Wilson, Vitor Meira, Ricardo Zonta, Osvaldo Negri Júnior e muitos outros. Juntos, eles conquistaram uma quantidade impressionante de títulos internacionais, muitos deles de primeiríssima linha, caso dos títulos na F-3000, Fórmula Mundial, 500 Milhas de Indianápolis, FIA GT e o disputadíssimo GP de Macau de F-3. Sua chegada ou não à F-1 dependeu de diversos fatores e obstáculos de carreira que o automobilismo oferece. Mas, sem dúvida, boa parte do talento que mais tarde construiu o sucesso destes pilotos foi forjado ao volante dos F-3 sul-americanos.
Rodolpho Siqueira e Caio Moraes
Press Consultoria Ltda
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