Maior prova off road do mundo foi realizada entre os dias 1 e 17 de janeiro, passando pela Argentina e Chile
Foram 14 dias de etapas contra o relógio e cerca de 9.000 quilômetros de muita técnica, adrenalina, dificuldades e, principalmente, superação. O Rally Dakar testa os limites das máquinas e dos próprios competidores. Os números falam por si só: dos 362 veículos que largaram no dia 1º de janeiro, retornaram apenas 187 à cidade argentina de Buenos Aires.
E, mais uma vez, a Equipe Petrobras Lubrax surpreendeu. Rodolpho Mattheis, piloto de moto, conquistou o melhor resultado brasileiro na categoria Motos, a 29ª colocação. “Em um ano com recorde de pilotos brasileiros em minha categoria, saber que fui o melhor me enche de orgulho. Esta foi a minha segunda participação no Dakar e posso afirmar que esta edição foi muito mais difícil que a anterior, também realizada aqui na América do Sul”, conta Rodolpho, que retornou ao Brasil como vice-líder na categoria Maratona até 450cc. Por conta deste resultado, a Equipe Petrobras Lubrax acumula agora 21 pódios no Dakar, sendo oito na primeira colocação.
Em relação às principais dificuldades do percurso, Rodolpho é categórico. “Sem dúvida, o Deserto do Atacama é o local mais complicado. Tivemos muitas etapas nele, descobrindo cada vez mais ‘armadilhas’ no trajeto. A pilotagem e a navegação são exigidas em alto grau e ao mesmo tempo”, acrescentou o piloto.
Garra - Já na categoria Carros, a Equipe Petrobras Lubrax contou com a experiência do piloto Jean Azevedo e o otimismo de Emerson “Bina” Cavassin para conquistar a 27ª posição. “Na primeira etapa tivemos problemas mecânicos no carro. Embora sofrêssemos com uma penalização de sete horas por termos nos atrasado ao chegar no acampamento naquele dia, eu sabia que tínhamos condições de continuar na prova e recuperar algumas posições. Claro que se essa punição não tivesse sido aplicada e não tivéssemos perdido tanto tempo parando para resolver estes problemas no meio da especial, estaríamos bem melhor. Creio que, pelo menos, ganharíamos umas dez colocações”, explica Bina.
O navegador fez a sua primeira participação no Dakar e aprovou a experiência. “É um big Sertões, etapas maiores e muitos dias de deserto. Aliás, o pior foi a navegação chamada de fora de pista, que é aquela sem muitas referências na planilha. E, claro, as dunas são as principais ‘vilãs” neste caso”, ressaltou o navegador.
“Terminar o Dakar é uma vitória. Tivemos dificuldades quase todos os dias, mas sabemos que isso faz parte de uma prova de longa duração, conhecida como a mais difícil do planeta. Agora o momento é celebrar nossas conquistas e melhorar ainda mais, para que em 2011 possamos ser até mais competitivos”, avalia Jean Azevedo, que fez a sua 12ª participação no Dakar, sendo a segunda entre os Carros.
Batendo na trave – André Azevedo, piloto do caminhão da Petrobras Lubrax e conhecido por ser o primeiro sul americano a subir ao pódio do rali, por pouco não retornou ao Brasil com mais um pódio. Tendo ao seu lado o navegador Maykel Justo e o tcheco Mira Martinec, André comenta seu bom resultado até uma quebra no peso-pesado na quarta etapa da competição.
“Andávamos forte e seguros na terceira colocação entre todos os caminhões. Faltando 12 quilômetros para o término daquela etapa quando tivemos uma pane elétrica no Tatra”, explica o piloto. “No dia seguinte, largamos bem atrás, mas conseguimos ultrapassar mais de 60 veículos no trajeto, no meio da poeira. Isso nos deixou até mais motivados para seguirmos na prova, já que numa etapa difícil como aquela nos recuperamos tanto”, contou Maykel.
Infelizmente, mais uma surpresa. Durante a realização da 6ª etapa, entre as cidades de Antofagasta e Iquique, no Chile, uma turbina quebrada fez com o caminhão ficasse fora da competição. “Foi então que decidi que continuaria no rali, não mais atrás de posições, mas sim para ajudar meus companheiros de equipe que ainda continuavam na ‘briga’. Foi muito ruim abandonar a prova, já que foram dois problemas que nunca aconteceram – um curto-circuito e uma quebra mecânica. Em 12 anos de Dakar nos Caminhões não havia passado por isso”, explicou André. Dessa forma, André manteve-se na competição, mas como mais um representante da equipe de apoio, carregando peças e mão-de-obra aos seus integrantes.
Rali Dakar em 2011
Terminada mais uma edição do Rally Dakar, agora fica a dúvida sobre onde acontecerá a tão famosa competição em 2011. “Já ouvimos várias suposições sobre onde será a próxima edição do Rally Dakar. Uma delas, que acredito que seja a mais coerente, é a de que a prova teria início em Mônaco e passaria pela Tunísia, Líbia e Egito. Já eu gostaria que a prova continuasse na América do Sul, pois os locais que percorremos são tão difíceis e variados quanto na África. Aliás, se eu fosse ‘abduzido’ e levado para o Deserto do Atacama, não saberia distinguir se era um deserto daqui ou o Saara”, comenta André Azevedo. Em relação à América do Sul, André arrisca um palpite. “Tenho um pressentimento que os organizadores do Dakar gostaram muito de realizar provas por aqui. Então imagino que eles possam fazer alguma etapa do Dakar Series, que são provas menores de seis ou sete dias, aproveitando já a experiência que adquiriram e ainda promovendo esta região”, concluiu.
Mais informações e fotos
O site www.brasildakar.com.br, além de ter feito a cobertura do Rally Dakar em parceria com o portal Webventure, também possui uma área para baixar fotos em alta resolução. Basta acessar a Galeria de Fotos e escolher qual etapa gostaria de fazer download. Confira!
A Equipe Petrobras Lubrax gostaria de agradecer aos seus patrocinadores:
Petrobras, Mitsubishi Motors do Brasil e CCR NovaDutra
E apoiadores:
Mercedes-Benz Caminhões, Pirelli, KTM do Brasil, Renov, BorgWarner, Mahle, Kaerre, Capacetes Bieffe, Sparco América Latina, Fazenda Real e Artfix.
Foto: André Chaco
Assessoria de Imprensa Equipe Petrobras Lubrax
Ana Carolina Vieira
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