Fora dos playoffs, piloto quer classificar equipe para o próximo campeonato
SÃO PAULO – Sem qualquer chance de alcançar os playoffs, fase decisiva constituída das últimas quatro corridas do calendário, Guto Negrão admite que a sua prioridade nesta reta final do campeonato será garantir a presença da Vivanz 307 Racing na próxima temporada da Stock Car. De acordo com o artigo 24 do regulamento da categoria, apenas as 16 primeiras colocadas entre as equipes e a campeã da Stock Car Light serão autorizadas a participar do campeonato de 2008.
“A partir de agora, nossa meta será melhorar os carros e entrar na zona de classificação. Essa será nossa motivação daqui para frente, a começar pela corrida em Brasília no fim de semana”, avisa Guto, que não conseguiu reeditar a campanha do ano passado, quando garantiu exatamente no Distrito Federal o ingresso no grupo de elite dos 10 pilotos. Então companheiro de equipe de Giuliano Losacco, Guto terminaria o campeonato na 8ª colocação.
A Vivanz 307 Racing foi criada no início de 2007 como coirmã da Medley, organização comandada pelo diretor-técnico Andreas Mattheis. Apesar de contar com a mesma estrutura física e boa parte dos recursos humanos, os resultados não surgiram e apanharam de surpresa até mesmo um piloto com a experiência de Guto Negrão. “Temos equipamentos e mão-de-obra qualificada”, lembra, acrescentando que as cinco provas derradeiras abrem espaço para evolução.
Com 14 pontos, conquistados nas duas últimas etapas por Guto e seu companheiro, o estreante paranaense Ricardo Sperafico, a Vivanz 307 Racing divide a 17ª posição com a Carlos Alves Competições. A RC3-Bassani, que ocupa o 16º lugar, está apenas dois pontos à frente. Como todas as 12 etapas serão levadas em consideração, os 225 pontos possíveis significam que o campeonato de equipes está totalmente em aberto. Na ponta da tabela, é também de somente dois pontos a diferença que separa a líder Medley – que soma 150 – da segunda colocada RC Competições.
Guto viaja amanhã para a capital da república sabendo que os anéis externos da recente etapa de Curitiba e o de Brasília têm mais diferenças do que semelhanças. “Em comum, têm apenas o fato de se andar com o pé no fundo do acelerador a maior parte do tempo. Nesse aspecto, o motor vai contar muito, mas não podemos nos queixar. Nossos motores têm rendido a contento. O que tem nos faltado é um pouco mais de agilidade no desenvolvimento dos carros. Começamos os treinos sempre entre os 10 ou 15 primeiros, mas depois acabamos ficando para trás”, explica. Guto acredita também que o equilíbrio verificado em Curitiba - 47 carros andaram no mesmo segundo - será uma tônica de agora em diante. “A exceção será Buenos Aires, onde utilizaremos o circuito número 9 e não mais aquele de apenas três curvas dos anos anteriores. Nos demais, os tempos serão sempre próximos.”
fotos: Miguel Costa Jr.
Márcio Fonseca (MTb 14.457)
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