Depois da incrível quebra na penúltima volta da corrida deste sábado que transformou um resultado brilhante em uma grande dificuldade, o brasileiro Lucas Di Grassi mostrou novamente sua determinação ao largar do 14º lugar e terminar em quarto na prova deste domingo do Campeonato Mundial de Fórmula GP2, disputada em Monza e válida pela 17ª etapa da temporada. Di Grassi está agora 11 pontos atrás do líder, o alemão Timo Glock, mas promete levar a briga até a última rodada dupla – faltam duas, na Bélgica (16/9) e Espanha (30/9).
"Ainda há 40 pontos em jogo nas duas rodadas duplas", comentou Lucas, que defende a equipe ART Grand Prix. "A GP2 tem sido imprevisível durante todo o ano e o que aconteceu comigo foi realmente uma surpresa desagradável, mas a briga pelo título ainda está aberta. Vou correr atrás dos pontos que preciso. Nosso carro se mostrou competitivo durante todo o fim de semana aqui na Itália e acho que teremos um bom equipamento tanto para Spa quanto para Valência. Então, minha resposta para o momento é que vamos manter o foco no título até o final, até a última volta da temporada".
A vitória na corrida deste domingo foi justamente de Glock, beneficiado primeiro pela quebra o líder Javier Villa e, depois, pelo acidente entre os então primeiros colocados Ricardo Rissati e Giorgio Pantano. Lucas teve que largar em 14º depois da quebra do câmbio de seu Dallara/Renault na penúltima volta da corrida de sábado, quando o brasileiro ocupava o segundo lugar. Caso tivesse completado a corrida naquela posição, Di Grassi já seria líder da GP2. Mas com o defeito no equipamento – que se recusava a engatar as marchas, a ponto de Lucas estacionar o carro – o paulista de 23 anos cruzou a linha de chegada apenas em 14º. Como o regulamento da GP2 determina que o piloto largue na corrida de domingo na posição de chegada da prova do sábado (à exceção dos oito primeiros, que têm sua posição invertida no segundo grid), Di Grassi viu-se subitamente em uma situação difícil: teria que recuperar o terreno, enquanto seu grande rival, Glock, largaria já em uma posição pontuada, em quarto. E o brasileiro saiu-se, novamente, muito bem, quase conquistando um pódio.
"Sinceramente, dadas as circunstâncias, o resultado foi bom, mas isso não serve de consolo para mim ou para a nossa equipe", observou Di Grassi. "Trabalhamos muito bem em Monza e fomos traídos por uma quebra tão surpreendente quanto prejudicial para o nosso esforço no campeonato. A única coisa que vai nos compensar será brigar pela vitória na Bélgica e na Espanha. Claro, a GP2 este ano está muito competitiva e essa é uma meta ambiciosa. Mas este é o único objetivo que nos interessa agora. A briga vai ser boa. E nós estaremos preparados para ela".
Este foi o resultado em Monza:
1) Timo Glock (Alemanha), iSport, 21 voltas em 32min32s346
2) Luca Filippi (Itália), SuperNova, a 1s814
3) Bruno Senna (Brasil), Arden, a 8s470
4) Lucas di Grassi (Brasil), ART GP, a 12s554
5) Andreas Zuber (Áustria), iSport, a 19s240
6) Giorgio Pantano (Itália), Campos GP, a 21s473
7) Karun Chandhok (Índia), Durango, a 21s642
8) Andy Soucek (Espanha), DPR, a 22s853
9) Roldán Rodríguez (Espanha), Minardi Piquet Sports, a 25s648
10) Mike Conway (Inglaterra), SuperNova, a 25s759
Eis a nova classificação do campeonato: 1) Timo Glock (Alemanha), 78 pontos; 2) Lucas Di Grassi (Brasil), 67; 3) Giorgio Pantano (Itália) e Luca Filippi (Itália), 50; 5) Kazuki Nakajima (Japão), 36; 6) Adam Carroll (Irlanda), 35; 7) Bruno Senna (Brasil), 34; 8) Javier Villa (Espanha), 31; 9) Andreas Zuber (Áustria), 30; 10) Pastor Maldonado (Venezuela), 25; 18) Xandinho Negrão (Brasil), 8.
Rodolpho Siqueira e Caio Moraes
Press Consultoria Ltda.
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