Veículos mal conservados e com pneus ‘carecas’ são responsáveis por cerca de 20% dos acidentes nas estradas, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Mas o índice poderia cair se o motorista tivesse mais atenção com os pneus, segundo o IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), organismo de certificação acreditado pelo INMETRO, especializado no setor automotivo e criado pela Anfavea, Sindipeças, Sindirepa e outras entidades do setor. De acordo com o IQA, Instituto responsável pela certificação de grande parte dos pneus novos comercializados no Brasil, medidas como balanceamento, alinhamento e troca dos pneus, antes de ficarem lisos, são essenciais para a segurança do motorista, passageiros e pedestres.
"Considerado equipamento de segurança, o pneu necessita de cuidados preventivos", adverte Sergio Hiroshi Kina, gerente técnico do IQA. De acordo com o especialista, a cada 10 mil km é necessário fazer ajustes, como alinhamento e balanceamento, que ajudam a garantir maior vida útil aos pneus. Outro ponto importante é o perigo de rodar com pneus ‘carecas’, pois reduzem a capacidade de frenagem e de deslocamento em curvas, alem de aumentar o risco de aquaplanagem. "A troca dos pneus deve ser realizada quando a banda de rodagem atingir as marcas TWI, ou seja, os indicadores de desgaste," adianta o gerente.
Kina ensina que na hora de trocar os pneus, os novos devem ficar na parte traseira. Como a tração está localizada na parte da frente do veículo, os pneus dianteiros são os que mais se desgastam. "Muitos proprietários optam por comprar dois pneus e, erroneamente, fazem a troca dos pneus na dianteira. O novo deve ser colocado na parte traseira porque o controle do veículo está na parte frontal. Se algum imprevisto acontecer com o pneu dianteiro é mais fácil sentir e controlar o veículo", explica.
Maria do Socorro Diogo
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