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quarta-feira, janeiro 09, 2008

* CBA EXIGE AUTÓDROMO DE QUALIDADE PARA LIBERAR JACAREPAGUÁ.

São Paulo (SP) - O Autódromo de Jacarepaguá poderá deixar de existir em seu local de origem, próximo à Avenida Embaixador Abelardo Bueno, para a construção do Centro Olímpico Nacional de Treinamento, anunciado nesta terça-feira pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Mesmo assim, Paulo Scaglione, presidente da Confederação de Automobilismo (CBA), assegurou que a cidade do Rio de Janeiro não ficará sem um circuito para receber competições da modalidade.

Embora a utilização da área de Jacarepaguá tenha sido um dos maiores impasses do Comitê Organizador dos Jogos Pan-americanos de 2007 (Co-Rio) antes do início da competição, desta vez a CBA promete não atrapalhar que o centro olímpico seja arquitetado. Mas com uma condição: a construção de um novo autódromo, de primeira qualidade. E essa possibilidade animou Scaglione.

“Não há nenhuma obstrução da nossa parte, mas temos que receber um autódromo de nível A”, adiantou o presidente da CBA, em entrevista por telefone com a reportagem da Gazeta Esportiva.Net. “O Autódromo de Jacarepaguá só estaria liberado após a construção e entrega desse novo circuito”, emendou.

As conversas entre COB, Ministério dos Esportes e Federação do Rio de Janeiro tiveram início dos primeiros dias de dezembro. De acordo com Scaglione, Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico nacional, propôs a construção de um novo autódromo na capital fluminense em parceria com os governos Municipal e Federal. O local, porém, ainda não foi definido.

“Inicialmente se pensou em uma área próxima à Avenida Brasil, mas uma semana depois a Federação do Rio sobrevoou uma outra área e ficou de fazer mais umaobservação até o dia 20 deste mês para a escolha do melhor local”, contou o presidente da CBA.

“Existe um termo de anuência que não foi assinado, mas ficará estabelecido que tanto prefeitura como COB e Ministério assumiriam a responsabilidade de construir um autódromo nível A, que também teria anexo de kartódromo. Aí sim, ao entregar as duas praças prontas, a Federação do Rio abriria mão de Jacarepaguá”, prosseguiu.

Em péssimas condições, o circuito de Jacarepaguá será substituído por um centro de treinamentos que, de acordo com Nuzman, será referência na América do Sul para a preparação de atletas de alto nível. Durante o Rio-2007, foram erguidos na área do autódromo o Parque Aquático Maria Lenk, a Arena Multiuso e também o Velódromo.

A CBA quase melou as edificações, que só foram liberadas depois de um acordo assegurando que, após o Pan, o circuito de Jacarepaguá passaria por uma nova reforma para readquirir as características necessárias para competições de automobilismo. Entretanto, Scaglione previa problemas no autódromo dentro de pouco tempo.

“O traçado de Jacarepaguá está localizado em um local supervalorizado, e o automobilismo teria problemas com os moradores do entorno”, avaliou. “Em dias de corrida, o trânsito fica sobrecarregado, além de não se poder fazer muitos eventos lá por causa do barulho, o que atrapalharia os moradores. Por isso pensou-se em fazer essa nova composição, atrelada à concordância em função do acordo judicial”, concluiu.

O Autódromo de Jacarepaguá foi construído em 1977, e no ano seguinte recebeu seu primeiro Grande Prêmio de Fórmula 1. A época de sucesso do circuito foi durante a década de 1980, quando recebeu nove corridas da categoria. Duas delas, inclusive, foram vencidas pelo brasileiro Nélson Piquet (em 1983 e 86), que dá nome ao traçado.

fonte: GazetaEsportiva

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