por Klever Kolberg, da Equipe Petrobras LubraxTodo ano um jornalista trabalha como nosso assessor de imprensa durante o rali. Esse ano o escolhido foi Lino Bocchini, que além de ser um viajante freqüente (no nosso primeiro contato, ele estava na Antártida), está acostumado com pedreiras como editar um jornal diário. Enfim, alguém calejado e que não tenha medo de desafios nem de passar duas semanas no meio do Saara. Como ele vem "de fora", pedi que ele falasse de sua visão sobre esse período que antecede o embarque para a Europa. Saiu assim:
Depois de um mês em meio à frenética preparação da equipe para o Rally Dakar, atravessar o deserto nem me parece que será tão difícil. Antes de o show começar, muitos outros desafios aparecem, bem menos glamourosos do que a grife "Paris-Dakar" sugere. Conseguir patrocínio, manter a equipe unida e ainda vencer toda a logística e burocracia que o rali mais famoso e caro do mundo exige não é nada fácil. A etapa Lisboa-Portimão é a primeira no calendário oficial. Mas, no centro nervoso da equipe Petrobras Lubrax, o calor do Saara já está ardendo há tempos, e a cada dia uma nova etapa tem de ser vencida.
Fui contratado para acompanhar toda a prova, cruzando seis países. Os amigos acham fantástico, mas nem imaginam quantidade brutal de trabalho que isso significa. O número de compromissos de mídia que assumimos (textos, fotos e boletins de rádio diários, blog, vídeos, entrevistas e o que mais pintar) é assustador se pensar que eu terei de fazer tudo sozinho. Mas quem sou eu para reclamar? Não é toda hora que podemos cruzar Marrocos, Mali, Mauritânia e Senegal. Ainda mais acompanhando o Rally Dakar. Ainda mais fazendo parte de uma equipe competitiva. Passar um mês no escritório da equipe, me mostrou que os desafios começam bem antes do embarque para Lisboa.
Enquanto escrevo, Klever Kolberg, piloto do Mitsubishi e "maestro" da equipe, reclama com um fornecedor, atrasado com a entrega de peças de seu carro lá na Europa. A demora é grave. Um francês mal-humorado da organização, do outro lado do Skype, acaba de resmungar que, se a remessa não chegar em poucas horas, o transporte do material ficará comprometido. Paralelo a isso, estou na batalha para garantir que tudo corra bem amanhã, quando mais de 20 jornalistas são esperados para a coletiva de despedida.
No escritório mesmo, são cinco pessoas. Mas em sua órbita há dezenas de personagens. São patrocinadores, prestadores de serviço, pilotos, mecânicos, a organização do rali e jornalistas. Um circo. E, como nos carros, essas peças têm de estar em harmonia. Mas, diferentemente dos pistões e válvulas do Pajero na garagem aqui do lado, essas "peças" têm anseios, opiniões, vida própria. E nem sempre se entendem. E aí surgem novos problemas. Enfim, nenhuma surpresa. E olha que esse pessoal faz isso há 20 anos. E eu, em um mês, já começo a sonhar com a chegada ao litoral senegalês, quando tudo sossega. Até o rali que vem, claro.
A equipe Petrobras Lubrax participa pela 20ª vez consecutiva no Dakar. Vamos aproveitar para contar o que acontece nesta competição. Ajude-nos a escrever o próximo artigo. Faça perguntas, envie sugestões e tire suas dúvidas no www.parisdakar.com.br
Equipe Petrobras Lubrax tem patrocínio da Petrobras, Petrobras Distribuidora, Mitsubishi Motors do Brasil, Pirelli, e apoio da Pearson, Banco Mercedes-Benz, Mercedes-Benz Caminhões, Renov, Mercedes Seguros, MANN-FILTER, Planac Informática, Sadia, Telenor Satellite Services AS, Kaerre, Capacetes Bieffe, Sparco América Latina, Artfix, Base 84 e Dakar Promoções.
Foto: Carlos Pandolfe
Assessoria de Imprensa Equipe Petrobras Lubrax
Claudia Clauss / Leonardo Nishihata/ Lino Bocchini
Nenhum comentário:
Postar um comentário